O guarda-redes Celton Biai, do Vitória de Guimarães, afirmou hoje que a “boa experiência” na seleção portuguesa de futebol o ajudou a “perceber melhor” aquilo que deve melhorar.
Inicialmente convocado para os jogos particulares da formação sub-21 lusa, com Roménia e Noruega, na Póvoa de Varzim, o guardião de 22 anos rendeu Diogo Costa, lesionado no ombro direito, e trabalhou às ordens do selecionador Roberto Martínez entre 22 e 27 de março, para os encontros com o Liechtenstein e Luxemburgo, de qualificação para o Euro 2024.
“É outro nível [trabalhar com a seleção principal]. Custa encontrar palavras para descrever uma experiência dessas. Deu para perceber melhor aquilo em que ainda devo melhorar. Percebi também que, para estar ao nível deles [dos atletas com que treinou], tenho de trabalhar imenso”, realçou, em declarações aos meios do clube vimaranense.
Celton Biai assume ter concretizado um objetivo que tinha “muita vontade” de alcançar e espera repetir uma “boa experiência", que lhe dá “força e motivação para trabalhar”, ainda para mais depois de uma lesão no tornozelo direito o ter afastado dos relvados entre o fim de janeiro e meados de março.
“Numa fase menos boa da minha vida, cheguei a ter muitas dúvidas, cheguei a pensar que, se calhar, não seria capaz de voltar a representar Portugal, mesmo em escalões inferiores. É sinal de que o meu esforço e o meu trabalho começam a ser reconhecidos”, acrescenta.
Convencido de que o selecionador sub-21, Rui Jorge, estava “a brincar” quando lhe disse que teria de deixar a Póvoa de Varzim para rumar à Cidade do Futebol, em Oeiras, onde estava concentrada a seleção principal, o guardião representou a seleção pela qual jogou 35 vezes no triunfo sobre a Noruega, por 3-0.
Utilizado em sete jogos do Vitória na época em curso, o atleta luso-guineense foi titular nas últimas duas partidas da equipa treinada por Moreno: jogou na derrota por 5-1 frente ao Benfica, em Lisboa, para a 25.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, e no empate na receção ao Paços de Ferreira (0-0), embate da 26.ª ronda em que considera ter feito uma das suas “melhores exibições” como sénior.
Celton Biai assumiu as redes vitorianas numa fase em que Bruno Varela, habitual titular desde 2020/21 e referência do tempo em que estava na formação do Benfica, se encontra lesionado.
“Quando era mais novo, a minha referência era o Bruno Varela. Posso mesmo dizer que era o meu ídolo. Há uns anos, quando ainda estava na formação, havia poucos guarda-redes negros e ele estava num nível mais acima, mesmo à porta da equipa A. Cheguei a ser apanha-bolas dele. Numa fase menos boa, quando tinha 14 ou 15 anos e andava revoltado com a vida, teve duas conversas importantes comigo, dando-me conselhos. Ajudou-me muito”, lembrou.
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