A toalha pode não estar no chão, mas a vida não está fácil no reino azul e branco. Depois de uma série de quatro vitórias para o campeonato, o FC Porto sofreu um inesperado desaire na Madeira e deu (mais) um valente tropeção na corrida pelo título.
Foi um fim de tarde de desacerto para a armada de Lopetegui e mais uma prova de que a posse de bola, por si só, de pouco vale. Quaresma, Casemiro, Martins Indi, todos fraquejaram na conclusão dos lances e Salin tratou de sacudir as verdadeiras ameaças, aqueles momentos em que os tiros portistas foram mais do que pólvora seca.
Leonel Pontes, há que o dizer, ensinou bem a lição aos seus pupilos. Óliver Torres, o motor criativo do FC Porto nos últimos jogos, foi devidamente anulado por Danilo Pereira e Fernando Ferreira. Juntando a isso a desinspiração de Quintero, apenas Quaresma conseguiu demonstrar algum capacidade de desequilíbrio, ainda assim insuficiente. A entrada de Tello ao intervalo agitou ligeiramente o ataque do FC Porto, mas também não chegou para quebrar a excelente organização da equipa maritimista.
Depois de ver Martins Indi falhar um golo cantado, Lopetegui apostou tudo nos jovens Gonçalo Paciência e Rúben Neves, mas nem a irreverência foi solução. Do outro lado havia um Danilo Pereira em grande correria, um Raúl cheio de vontade de se mostrar na Liga (e nem a expulsão manchou o bom trabalho) e um Salin que, quando foi necessário, não falhou. Além de tudo isso, houve um remate de sonho de Bruno Gallo que ditou o triunfo maritimista.
No final do jogo, Leonel Pontes elogiou a grande eficácia defensiva dos seus jogadores, mesmo admitindo que a sua equipa teve alguma sorte na forma como conquistou os três pontos.
Já Julen Lopetegui lamentou as falhas no capítulo da finalização. Tal como Ricardo Quaresma, recusou-se a atirar a toalha ao chão, mas admitiu que a partir de agora tudo ficou mais difícil. Bem mais difícil.
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