Bruno de Carvalho cumpre esta sexta-feira cinco anos na presidência do Sporting, atravessando um segundo mandato para o qual foi eleito por esmagadora maioria, ainda sem ter conseguido conquistar o título de campeão da I Liga de futebol.

No dia em que completa o primeiro ano do novo mandato, Bruno de Carvalho já acrescentou três troféus ao museu do clube - Taça de Portugal, Supertaça, ambas em 2015, e Taça da Liga, conquistada esta epoca -, mas ainda persegue o ambicionado cetro de campeão nacional de futebol.

Em 23 de março de 2013, Bruno de Carvalho tornou-se o 42.º presidente ‘leonino’, sucedendo ao demissionário Luiz Godinho Lopes, que o tinha derrotado dois anos antes, batendo os outros dois candidatos - José Couceiro e Carlos Severino –, ao recolher mais de 50% dos votos.

Uma das primeiras e mais bem sucedidas medidas do novo líder sportinguista foi a renegociação da pesada dívida aos bancos, considerada muito favorável ao clube, mas que impôs um ‘espartilho’ financeiro bem visível na política de contratações austera durante a fase inicial da presidência.

Em 2013/14, o treinador Leonardo Jardim foi a escolha pessoal para substituir Jesualdo Ferreira, ‘herança’ rejeitada de Godinho Lopes, e os resultados foram imediatos: o Sporting foi segundo posicionado na I Liga, a sete pontos do Benfica, um ano depois de ter terminado em sétimo, a pior classificação de sempre.

O trabalho de Leonardo Jardim despertou o interesse do Mónaco e, pela primeira vez, o Sporting conseguiu transferir um treinador, apostando no jovem Marco Silva, que acabou por se incompatibilizar com o presidente e saiu de forma litigiosa, ainda que tenha resistido até ao fim da época.

Da ligação com Marco Silva resultou também o título mais importante conquistado pelos ‘leões’ durante todo o mandato de Bruno de Carvalho, a Taça de Portugal, em 2015 - 'compensando' o terceiro lugar no campeonato -, mas o episódio mais marcante do seu ‘consulado’ surgiu no defeso desse ano, com a contratação de Jorge Jesus ao Benfica.

A transferência do técnico que conquistou três títulos nacionais em seis anos no clube da Luz abriu uma guerra com o rival lisboeta, que ainda hoje se mantém acesa e que teve várias ‘frentes’, dos tribunais à Internet, com epicentro nas redes sociais.

Jorge Jesus iniciou da melhor forma a carreira de ‘leão ao peito’, com a vitória na Supertaça – mais saborosa por ter sido obtida frente ao Benfica – e manteve até à última jornada do campeonato a perspetiva de conquistar um título que escapa ao Sporting desde 2002, mas 86 pontos não chegaram, face aos 88 do Benfica - registos recorde na liga portuguesa.

Esses dois pontos impediram Bruno de Carvalho de triunfar onde os seus antecessores falharam, mas o Sporting teve de contentar-se com o segundo lugar, e o prometido sucesso na temporada seguinte transformou-se num pesadelo desportivo, com o afastamento precoce em todas as provas.

A época de 2016/17 também não trouxe o êxito desejado, e Jesus viu o seu sucessor no Benfica, Rui Vitória, conduzir os 'encarnados' pela primeira vez a quatro títulos seguidos no campeonato, enquanto acumulou mais uma temporada em 'branco' em matéria de conquistas relevantes, num ano em que saíram jogadores importantes, como Slimani e João Mário. Pelo meio, Bruno de Carvalho foi reeleito em 05 de março de 2017, com 86% dos votos, contra menos de 10% do outro candidato, Pedro Madeira Rodrigues.

É já com a Taça da Liga de 2017/18 no museu 'leonino' que Bruno de Carvalho atinge cinco anos de mandato na liderança do Sporting, na temporada em que o Sporting fez o maior investimento de sempre na contratação de jogadores - perto de 50 milhões de euros – e com a equipa ainda a lutar em três frentes: campeonato, com os rivais de sempre, Taça de Portugal e Liga Europa.

Durante a governação de Bruno de Carvalho o qual o Benfica foi o alvo prioritário, mas não o único: o presidente do Sporting ‘disparou’ em várias direções, instaurando processos a anteriores dirigentes e lançando uma ‘cruzada’ contra o fundo de investimento Doyen, num caso que terminou com a condenação do Sporting a pagar mais de 20 milhões de euros.

Pelo meio, Bruno de Carvalho concluiu a construção do pavilhão João Rocha – uma promessa eleitoral -, deu um novo fôlego às modalidades, patrocinou o regresso do ciclismo e do voleibol, além de reintegrar o hóquei em patins, e conseguiu um acordo para a cedência dos direitos de transmissão televisiva dos jogos da equipa de futebol superior a 500 milhões de euros.

Seja o melhor treinador de bancada!

Subscreva a newsletter do SAPO Desporto.

Vão vir "charters" de notificações.

Ative as notificações do SAPO Desporto.

Não fique fora de jogo!

Siga o SAPO Desporto nas redes sociais. Use a #SAPOdesporto nas suas publicações.