O FC Porto venceu quase 60% dos jogos em casa com o Benfica para a I Liga portuguesa de futebol, mas o equilíbrio pautou os últimos seis encontros, com duas vitórias para cada lado e duas igualdades.

Desde 2014/15, os ‘dragões’ apenas venceram, e tangencialmente, em 2015/16, por 1-0, com um tento a acabar (86 minutos) do agora vimaranense André André, e na época passada, por 3-2, no jogo que começou a ‘virar’ o campeonato.

O ‘onze’ de Bruno Lage chegou ao Dragão com sete pontos à maior e uma série impressionante de 16 vitórias consecutivas, mas acabou derrotado pelos comandados de Sérgio Conceição, apesar do ‘bis’ do brasileiro Vinícius (18 e 50 minutos).

Sérgio Oliveira, aos 10 minutos, uma grande penalidade do brasileiro Alex Telles, aos 38, e um golo na própria baliza do guarda-redes internacional grego Vlachodimos, aos 44, selaram o triunfo dos ‘azuis e brancos’.

Por seu lado, o Benfica triunfou por 2-0 em 2014/15, na primeira passagem de Jorge Jesus pela Luz, com um ‘bis’ do brasileiro Lima (35 e 56 minutos), que ‘evocou’ os feitos de César Brito (1990/91) e Nuno Gomes (2005/06), e por 2-1 em 2018/19, já depois de Lage substituir Rui Vitória.

Há dois anos, os ‘dragões’ ainda marcaram primeiro, pelo espanhol Adrián López, aos 19 minutos, mas João Félix, aos 26, e Rafa, aos 52, ‘materializaram’ a reviravolta, que atirou o Benfica para a liderança, rumo ao ‘37’.

Além dos dois triunfos, os ‘encarnados’ pontuaram mais duas vezes nos últimos seis anos, a primeira em 2016/17, com o central argentino Lisandro López, agora no Boca Juniors, a marcar aos 90+3 minutos, anulando o tento de Diogo Jota, atual ‘estrela’ do Liverpool, aos 50.

Na época seguinte, o encontro terminou empatado a zero, num jogo marcado por um uma jogada aos 56 minutos. O árbitro apitou um fora de jogo claramente inexistente a Aboubakar e impediu a intervenção do VAR, em estreia. Herrera marcaria na recarga ao remate do camaronês defendido por Bruno Varela.

Fazendo as contas desde 2014/15, o equilíbrio ‘manda’, sendo que, no Dragão, que sucedeu às Antas em 2004/05, o Benfica pontuou em metade das ocasiões (oito – três vitórias e cinco empates), com o FC Porto a somar oito triunfos, incluído o ‘famoso’ 2-1 de Kelvin, em 2012/13.

O histórico é, porem, completamente favorável aos portistas, que ganharam 51 das 86 receções ao Benfica para o campeonato, contra 21 empates e 14 triunfos das ‘águias’, e somam mais 67 golos marcados (167 contra 100).

Os ‘encarnados’ só ganharam quatro vezes em 38 anos, merecendo destaque, neste período, as 10 vitórias seguidas do FC Porto, entre 1994/95 e 2003/2004, seis das quais por dois ou mais golos de diferença. O brasileiro Mário Jardel foi o jogador em maior destaque, ao marcar por cinco vezes.

A história dos clássicos em terreno portista para a I Liga arrancou em 1934/35 e os ‘azuis e brancos’ começaram muito bem, mantendo-se invictos nos primeiros oito (cinco vitórias e três empates), para cederem a primeira derrota em 1942/43 (4-2).

Até ao início da década de 50, o Benfica ainda venceu mais três vezes, mas o FC Porto mostrou-se insuperável de 1950/51 a 61/62 (10 vitórias e dois empates), num período em que se destacam três triunfos consecutivos por 3-0 (54/55 a 56/57).

Em 1962/63, um golo do ‘inevitável’ Eusébio valeu uma vitória por 2-1 e o fim do jejum de triunfos do Benfica, que só voltaria a ganhar em 1969/70: a essa derrota, o conjunto da casa respondeu com a segunda maior goleada de sempre (4-0 em 70/71, com quatro tentos de Lemos).

A década de 70 acabou, no entanto, por ser o melhor período dos ‘encarnados’, que em 1971/72 ganharam por 3-1 e conseguiram, depois - pela primeira e única vez em solo portista -, três triunfos consecutivos, entre 74/75 e 76/77.