O futebolista Cláudio Tavares vai entregar um pedido de rescisão unilateral à SAD do Desportivo das Aves por salários em atraso, confirmou hoje à agência Lusa o pai do ex-jogador do clube despromovido à II Liga.
O defesa direito, de 23 anos, cumpriu três jogos ao serviço da formação do concelho de Santo Tirso, onde chegou há quatro anos para reforçar a equipa B, oriundo das camadas jovens do Vitória de Guimarães, no qual terminou um percurso formativo com passagens por Casa Pia, Belenenses, Benfica, Sporting e Os Sandinenses.
Cláudio Tavares é o 12.º atleta a desvincular-se do Desportivo das Aves por sucessivas dívidas salariais, depois dos guarda-redes Quentin Beunardeau e Raphael Aflalo, dos defesas Jonathan Buatu e Mato Milos, dos médios Aaron Tshibola, Estrela, Pedro Delgado e Reko Silva e dos avançados Kevin Yamga, Rúben Macedo e Welinton Júnior.
A SAD do Desportivo das Aves, liderada pelo chinês Wei Zhao, acumula quatro meses seguidos de ordenados em atraso e falhou em 29 de julho os requisitos de licenciamento das provas profissionais de 2020/21, tendo a Comissão de Auditoria da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) detetado três incumprimentos legais e 13 financeiros.
Os nortenhos dispuseram de três úteis para apresentar o recurso nos serviços da Liga de clubes, mas, ao contrário do Vitória de Setúbal, dispensaram a contestação junto do Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), acatando um desfecho que determina a descida por via administrativa ao Campeonato de Portugal.
O Desportivo das Aves terminou a última edição da I Liga na 18.ª e última posição, com 17 pontos, outros tantos abaixo da zona de salvação, consumando a descida à II Liga no relvado, a par do Portimonense, penúltimo, com 33 pontos, menos um que os sadinos.
A LPFP convidou os algarvios a manterem-se na I Liga e o Cova da Piedade e o Casa Pia a ficarem no escalão secundário, após terem sido despromovidos pela via administrativa, com o cancelamento daquele escalão devido à pandemia de covid-19.
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