Os clubes vão apreciar e decidir eventuais alterações aos quadros competitivos dos dois campeonatos profissionais de futebol, a aplicar a partir de 2014/15, em Assembleia Geral extraordinária da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), na quinta-feira.

Também o futuro da Taça da Liga, no que diz respeito à temporada 2014/15, será alvo de deliberação dos clubes profissionais, assim como as consequentes alterações regulamentares subsequentes da decisão sobre a matéria, segundo comunicado da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP).

A direção da LPFP apresentará um estudo que envolve, pelo menos, seis modelos para a I Liga e cinco para a II Liga, encomendado à empresa holandesa Hypercube, cuja adequação dos quadros competitivos pretende aumentar o número de espetadores, estabelecer duas equipas no “top-12” da UEFA, manter Portugal entre os seis primeiros do “ranking” europeu, potencializar comercialmente a competição, melhorar a relação entre os dois primeiros escalões e reduzir as deslocações no caso do campeonato secundário.

Para a I Liga, atualmente disputada em duas voltas por 16 clubes (30 jogos), e tendo em conta a necessidade de integrar o Boavista na época 2014/15, duas das propostas passam pela manutenção do modelo competitivo, obrigando à descida de um terceiro em 2013/14 – ou alargando para 18 (34 jogos) – permitindo mais uma promoção da II Liga.

Além destes modelos mais tradicionais, foi apresentado um designado “compacto”, com a redução do primeiro escalão a 12 clubes, que disputariam a competição em três voltas (33 encontros). A esta proposta, com 12 clubes, foi depois sugerida uma variante com a realização de duas voltas e uma fase final, igualmente a duas voltas, com os seis primeiros a discutirem o título e os seis últimos os lugares de manutenção.

A quarta proposta manteria 16 clubes, promovendo duas jornadas extra no final de cada uma das voltas, em benefício dos clubes posicionados nos últimos oito lugares da classificação, que receberiam os primeiros colocados, com o primeiro a jogar no terreno do último, o segundo no do penúltimo, o terceiro no antepenúltimo e assim sucessivamente.

As maiores clivagens ocorrem nas outras duas propostas, em que um dos casos é designado de “split” com “play-offs” e preconiza a divisão do campeonato em duas fases: a do outono de 2014 e a da primavera 2015, as quais consagrariam dois campeões, que assegurariam o acesso direto à Liga dos Campeões, e disputariam o título nacional em dois jogos no final de ambas.

Para a II Liga, a empresa holandesa admite a manutenção do formato atual, com 22 clubes (42 jogos), mas propõe outros quatro possíveis modelos competitivos, nomeadamente uma divisão regional da prova, que seria alargada a 24 emblemas.

Neste caso, 12 seriam colocados na zona norte e outros tantos na sul, disputando uma primeira fase em duas voltas (22 jogos) e uma segunda com os seis primeiros a discutir a subida (10 jogos) e outros tantos a permanência.

As duas equipas a promover à I Liga seriam encontradas entre os dois primeiros classificados de cada uma das “poules” regionais da fase de promoção.

Outra proposta mantém a divisão regional inicial, com 12 clubes em cada, mas preconiza o encontro entre os seis primeiros do norte com os seis primeiros do sul numa segunda fase, também a duas voltas, para a promoção e replicando o modelo para a disputa da permanência (44 jogos).

A AG extraordinária da LPFP tem início às 11h00 horas de quinta-feira, no auditório da sede do organismo, no Porto, e é antecedida (10h00) pelo Conselho de Presidentes.