A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) já recebeu as respostas às perguntas solicitadas à SAD do Sporting sobre a restruturação da dívida anunciada por Bruno de Carvalho num artigo de opinião.

De acordo com a informação veiculada pelo jornal Record, a CMVM pediu esclarecimentos à SAD leonina para saber se as operações anunciadas por Bruno de Carvalho relativas à restruturação da dívida leonina iam ter impacto contabilístico, e se a estrutura acionista de manteria inalterada.

Segundo o referido jornal desportivo, a SAD do Sporting já respondeu às solicitações da CMVM com os administradores leoninos a garantirem ao organismo regulador que a restruturação não teria impacto nas contas da sociedade anónima desportiva de Alvalade, uma vez que a compra das VMOC vai ser feita pelo clube e pela Sporting SGPS, e não pela SAD.

Os administradores da SAD do Sporting adiantaram ainda sobre a restruturação de que não haverá alterações na própria estrutura accionista da sociedade anónima desportiva leonina.

Já o jornal O JOGO avança esta sexta-feira que o acordo alcançado entre a SAD do Sporting, Novo Banco e Millenium BCP para a restruturação da dívida não foi comunicado à CMVM e que isso gerou algumas dúvidas por causa da ausência de informação vital para a compreensão da negociação.

Em declarações ao referido diário desportivo portuense, Angelino Ferreira, antigo administrador da FC Porto SAD, a renegociação é "um perdão de dívida", que constitui "matéria relevante para ser comunicada à CMVM", algo que não se verificou.

Já Paulo Reis Mourão, economista e professor na Universidade do Minho, considerou que que esta alegada reestruturação deixa claro que "alguém vai perder e não é pouco".

"Sejam bancos ou entidades bancárias. Parece-me que o Sporting passa o ónus para as entidades bancárias e pode haver mudança de investidores. Parece claro haver um divórcio com os atuais parceiros", afirmou o economista e professor da Universidade do Minho, aludindo à Holdimo, principal acionista privado da SAD.