O Benfica começou a época a perder e acabou-a a “morrer”, com os jogadores muito fatigados, massacrados por 57 jogos, mas felizes, com os três dedos no ar, a simbolizar o pleno nacional.
Faltava um dia para completar nove meses sobre uma temporada que, de facto, teve um início para esquecer, com a equipa, incapaz de sair do estado de angústia do final da época anterior, a entrar no campeonato a perder (1-2 no reduto do Marítimo), no “longínquo” dia 19 de agosto de 2013.
Os dois jogos seguintes também foram penosos, mas dois golos nos descontos selaram uma vitória caseira sobre o Gil Vicente (2-1) e uma jogada fenomenal de Markovic valeu um empate em Alvalade (1-1), onde Salvio se lesionou. Menos mal.
A situação melhorou depois, em termos de resultados, com uma entrada a ganhar na “Champions” e dois triunfos na I Liga, mas o segundo, em Guimarães, acabou com Jorge Jesus a “pegar-se” com as forças da ordem e a ser suspenso.
Um empate caseiro com o Belenenses, à sexta ronda, e um desaire por 3-0 em Paris, que podia ter sido bem pior, voltaram a fazer pairar o pior, mas a equipa melhorou em outubro e só voltou a perder em novembro, num dos melhores jogos da época, no reduto do Olympiacos (0-1). Roberto defendeu tudo.
A resposta a Atenas foi um 4-3 ao Sporting, para a Taça, um 1-0 ao Sporting de Braga, selado por Matic, e um 3-2 fora ao Anderlecht, três triunfos sofridos, mas marcantes, pois deram muita confiança à equipa.
Mais um inesperado empate em casa, agora com o Arouca, não afetou a trajetória ascendente dos “encarnados”, como se viu a seguir: nove vitórias consecutivas, incluindo um sempre importante 2-0 ao FC Porto, à 15.ª ronda da I Liga, no dia em que todos foram Eusébio, falecido a 05 de janeiro.
A série foi interrompida na casa do Gil Vicente, muito por culpa de uma prematura expulsão de Siqueira e de um penálti falhado por Cardozo nos descontos.
O “onze” de Jesus já estava, porém, muito forte e continuou em “grande”, somando 10 triunfos de “rajada”, incluindo um 2-0 ao Sporting, mostrando quem “mandava” na I Liga, e um 3-1 na casa do Tottenham, com “bis” de Luisão.
Depois de um empate com os londrinos que não inviabilizou os “quartos” da Liga Europa e um desaire no Dragão (0-1) que não comprometeu a final da Taça, o Benfica somou mais um ciclo vitorioso, agora de oito jogos.
O sexto selou a final da Taça, um 3-1 ao FC Porto conseguido com apenas 10 unidades, e o sétimo valeu o primeiro título, o principal, a I Liga, graças a um 2-0 ao Olhanense, a 20 de abril, selado com um “bis” de Lima.
Apenas quatro dias depois, o já campeão nacional logrou novo triunfo importante, na receção à Juventus (2-1), para, de seguida, com uma equipa de segunda e de novo menos um jogador durante muito tempo, “acabar” com a época do FC Porto, ao vencer nos penáltis no Dragão, nas “meias” da Taça da Liga.
Maio foi o mês de todas as decisões e começou muito bem, com um sofrido “nulo” em Turim, desta vez com nove, que valeu o acesso ao jogo decisivo da Liga Europa. Só não foi prefeito porque Enzo, Markovic e Salvio ficaram afastados da final.
O segundo título, a Taça da Liga, surgiu a 07 de maio, com um triunfo por 2-0 sobre o Rio Ave, em Leiria, e a grande deceção da época veio uma semana depois, com um desaire por 4-2 na “lotaria”, em Turim, face ao Sevilha.
Desfalcado, com nunca, o Benfica não foi o habitual, mas, ainda assim, fez mais do que os mínimos para ganhar, só que foi muito prejudicado pelo árbitro alemão Felix Brych, que não viu três penaltis, nem Beto avançar metros no desempate.
Após 120 minutos de enorme intensidade, física e mental, e com uma enorme desilusão “às costas”, o Benfica ainda teve forças para fechar a época com um terceiro título: domingo, no Jamor, um golo de Gaitan valeu a Taça de Portugal e um fecho em beleza de uma das melhores épocas do futebol “encarnado”.
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