O advogado do treinador do Benfica, Jorge Jesus, que esta segunda-feira chegou do Brasil ao aeroporto de Lisboa, marcou para hoje uma conferência de imprensa, às 17h00, para provar a inocência do técnico.

Na sexta-feira foram publicadas notícias afirmando que a Polícia Judiciária terá suspeitas de que Jorge Jesus recebeu comissões ilegais na transferência do guarda-redes brasileiro Júlio César do Belenenses para o Benfica, em 2009, semanas depois de Jorge Jesus ter passado a treinar o clube da Luz.

O representante legal do treinador da Luz, Miguel Henrique, disse que tem a sua «explicação para este assunto» e às 17h00, «depois de pedir as devidas autorizações e facultar tudo primeiro às autoridades».

«E não é 31 de boca, porque está tudo documentado», disse, adiantando que vai apresentar à imprensa os documentos que provam a legalidade do negócio.

O advogado do treinador do Benfica disse que esta tarde «será feito o enquadramento de como o Júlio César chegou ao Belenenses e de como as coisas se passaram».

«É fácil, é tudo transparente e não há qualquer ponta por onde se pegue em relação a esse assunto», referiu

O advogado de Jorge Jesus garante estar na posse de «tudo o que tem a ver com a confusão das sociedades, em relação à transferência do Júlio César», o guarda-redes brasileiro que saiu do Belenenses para o Benfica.

Adiantou ainda estar a recolher documentação da «última parte [do negócio], que foi necessário reconstituir nos últimos dias».

Miguel Henrique, também amigo de Jorge Jesus, disse que tentará «durante a manhã e a tarde de hoje recuperar e tentar juntar alguma documentação», e o «máximo de informação possível que até às 17h00 será facultada à imprensa».

O advogado precisou que «acompanhou todo o processo da entrada do Júlio César no Belenenses», e que a partir daí não teve «qualquer espécie de interferência no resto da sua vida» de jogador, ou na sua «passagem para o Benfica».

Em relação a outras transferências de jogadores o advogado disse que «não faz a mais pequena ideia».

O advogado disse ainda que «tem-se penitenciado por não ter estado presente, possivelmente no momento mais difícil da sua vida [Jorge Jesus], por estar ausente, e que amanhã [terça-feira], depois de tudo devidamente esclarecido ele vai estar mais forte».