O Conselho Fiscal do Vitória de Guimarães disse esta quarta-feira que também assumiu a renúncia às funções, conforme os outros órgãos sociais do clube, desmentindo a afirmação do presidente da Assembleia-Geral (AG), João Cardoso.

Na terça-feira, o líder da AG criticou duramente o CF por ter emitido um comunicado após a reunião mantida entre todos os presidentes dos órgãos sociais, direção incluída, no qual afirmava que não se demitia, contrariando o combinado nesse encontro.

«Julgo que é mais um caso clínico, porque depois de todos os órgãos sociais terem acordado [renunciar ao mandato], fomos surpreendidos por esse comunicado», afirmou então João Cardoso.

O CF começa por dizer que «lamenta» que o presidente da AG tenha “quebrado a confidencialidade” da reunião e se tenha pronunciado «sobre tomadas de posição de um órgão com a mesma legitimidade que aquele que representa, abandonando a posição que devia ser de independência e distanciamento do exercício das competências dos diferentes órgãos sociais».

O órgão liderado por Amaro Costa e Silva afirma, em comunicado, que os seus membros presentes nessa reunião «assumiram exatamente, nos mesmos termos que os representantes dos restantes órgãos, a sua renúncia às atuais funções, quando o presidente da AG do Vitória declarou aceitar o pedido de demissão que lhe foi apresentado pelo presidente da direção».

«É portanto falsa a afirmação do presidente da AG em conferência de imprensa ao afirmar que os membros do Conselho Fiscal não se demitiram», pode ler-se.

O CF afirma ainda estar «muito preocupado com o futuro do clube», mas «não estão preocupados apenas que chegue 31 de março para se libertarem do fardo e das responsabilidades a que foi conduzido dolorosamente o Vitória, mas sim no encontro de soluções válidas e credíveis que retirem o clube da atual situação».

A direção do Vitória de Guimarães liderada por Emílio Macedo da Silva apresentou terça-feira a demissão ao presidente da AG, que marcou já para 31 de março o novo ato eleitoral.