Paulo Sérgio recusa-se a abdicar da candidatura ao título, apesar de ter menos 13 pontos do que o líder FC Porto, após 11 jornadas. "Faz todo o sentido [falar do título], não vou mandar toalha nenhuma ao chão. Sabemos o contexto em que estamos inseridos, as nuances, mas esse não é o meu caminho. O meu caminho é acreditar no grupo que temos e provar-lhes que quem faz aquilo que nós fazemos tem de ganhar mais vezes", afirmou o treinador do Sporting, acrescentando: "Estamos a 13 pontos do FC Porto, mas quem está a menos do que nós também está a 10 pontos."
"Não deixa de ser uma época má, um mau começo. O FC Porto afinou a máquina primeiro que todos os outros. O melhor da minha equipa ainda está para vir", frisou.
Em entrevista à SportTV, o técnico leonino voltou a comentar a partida com o V. Guimarães, onde os leões deixaram escapar o triunfo nos últimos 15 minutos, que se revelaram fatídicos para a equipa, por oposição ao triunfo alcançado em Coimbra, sobre a Académica. "É uma óptima vitória, contra uma equipa boa, perigosa e bem organizada, mas não podemos sofrer aquele golo na segunda parte, que fez recordar o que se passou com o Guimarães. Inquietou as cabeças de toda a gente, mas o que se verificou em Coimbra foi mais um passo no crescimento do grupo."
O treinador do Sporting saiu ainda em defesa da sua estratégia: "O nosso trabalho é avaliado pelos resultados. Acredito na filosofia de que jogando bem estaremos mais perto da vitória. O que tem penalizado o Sporting são erros próprios."
Paulo Sérgio lamentou ainda que se criem vários casos em torno do clube de Alvalade. "No Sporting de tudo se faz um caso. Temos tido uma boa capacidade de blindagem do grupo."
O tema dos assobios dos adeptos em alguns jogos foi também abordado pelo técnico, que garantiu ter uma relação "normal" com a massa associativa leonina. "A minha relação com os adeptos é normal. Respeito muito, não sou lambe-botas de ninguém, porque nunca o fui. E admito que o adepto sportinguista sonhasse no início de época com um nome mais forte para treinador, mas em termos de seriedade e lealdade para com quem trabalha não podiam ir buscar ninguém que tivesse mais do que eu", concluiu.
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