O treinador do Sporting, José Couceiro, reafirmou hoje a vontade de terminar a Liga portuguesa de futebol no terceiro lugar, rejeitando que o rival Sporting de Braga esteja em desvantagem devido à presença nas meias-finais da Liga Europa.

«Se estamos em vantagem com uma equipa que está a jogar as meias-finais da Liga Europa? Evidentemente que não. Não acredito nesse cansaço (físico do Braga). Não creio que tenhamos vantagem nenhuma», observou José Couceiro, na conferência de imprensa de antevisão do jogo com o Portimonense, da 28.ª jornada do campeonato.

Para o técnico do Sporting, «é muito mais difícil gerir algum vazio de grandes objectivos do que estar altamente motivado por estar a jogar as meias-finais da Liga Europa», contrapondo com o «cansaço psicológico» da equipa lisboeta, quarta classificada no campeonato, a dois pontos do Braga.

«(Frente ao Portimonense) vamos ter duas equipas com objectivos diferentes, mas para as duas o jogo tem a mesma importância: o Sporting vai continuar a lutar pelo terceiro lugar e para o Portimonense pode vir a ser decisivo para a permanência na Liga. Mas, obrigatoriamente, vamos ter que ganhar», observou.

José Couceiro alertou os jogadores sportinguistas que «há vida para além deste ano e o que se fizer este ano vai condicionar o futuro», resignando-se à impossibilidade de lutar pelo título, já entregue ao FC Porto, ou até pelo segundo posto, com o Benfica: «Neste momento (o terceiro lugar) é o objectivo que temos».

O treinador “leonino” destacou a importância de preparar com antecedência a próxima época, assinalando que o Sporting «está a ter esse cuidado», pois «não pode estar tão cedo tão longe do seu objectivo» de se sagrar campeão nacional.

José Couceiro reafirmou que não «queria ser treinador do Sporting», revelando que tem sido “sondado” por outros clubes, mas que não pretende «dar andamento a essa questão», até porque a sua situação no clube de Alvalade «apenas ficará definida no fim do campeonato».

«Não estou arrependido de ter vindo para o Sporting, mas, de fato, estes meses pareceram muito mais do que uma época. O quadro agora é difícil, mas já foi muito mais difícil», disse José Couceiro, considerando que Paulo Sérgio, a quem sucedeu no comando técnico do Sporting «também foi uma vítima».