O antigo futebolista e treinador brasileiro Renê Weber, que jogou no Vitória de Guimarães, da I Liga portuguesa, morreu hoje, aos 59 anos, vítima de covid-19, no Rio de Janeiro, informou o Botafogo, clube brasileiro onde era adjunto.

"O Botafogo lamenta profundamente a morte de Renê Weber, ex-auxiliar do clube nesta temporada e campeão brasileiro em 1995 [pelo Botafogo]. Profissional de alto nível, Renê era querido por todos, zelava pela excelência no trabalho e pela manutenção do bom ambiente. Ele foi mais uma vítima da Covid-19", lê-se na nota publicada na rede social Twitter pelo emblema do Rio de Janeiro, 20.º e último classificado da Série A brasileira.

Natural do estado brasileiro de Rio Grande do Sul, Renê Weber formou-se como médio no Internacional de Porto Alegre e notabilizou-se, no Brasil, ao serviço do Fluminense, tendo-se sagrado campeão em 1984 e marcado 15 golos em 143 jogos oficiais, entre 1983 e 1985.

Depois da passagem pelo América do Rio de Janeiro, Renê Weber transferiu-se, no verão de 1987, para o Vitória de Guimarães, clube pelo qual marcou nove golos em 88 jogos, durante quatro épocas, e conquistou a Supertaça, em 1988/89.

Orientado pelo brasileiro Paulo Autuori nas épocas 1989/90 e 1990/91, Renê Weber trabalhou frequentemente como adjunto do seu antigo treinador nos últimos 25 anos, tendo desempenhado essa função no Benfica, durante a primeira metade da época 1996/97.

Além do título brasileiro de 1995, ao serviço do Botafogo, o antigo técnico venceu ainda uma Taça dos Libertadores da América, em 1997, pelo Cruzeiro, coadjuvando Paulo Autuori.

Selecionador sub-20 do Brasil em 2005, Renê Weber foi ainda treinador adjunto de emblemas brasileiros como o Flamengo, o Santos, o Internacional, o Grémio de Porto Alegre, o Vasco da Gama, o Atlético Mineiro e o São Paulo, no qual desempenhou também a função de coordenador técnico, em 2016.

O Fluminense, o América do Rio de Janeiro, o Cruzeiro, o Vasco da Gama e o São Paulo também já manifestaram "pesar" pela morte de Renê Weber, em publicações nas contas oficiais nas redes sociais.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.636.687 mortos resultantes de mais de 73,4 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

O Brasil é o segundo país no mundo com mais mortes (182.7999), a seguir aos Estados Unidos (303.867), e o terceiro com mais infeções (mais de 6,9 milhões de casos), atrás dos Estados Unidos (mais de 16,7 milhões) e da Índia (mais de 9,9 milhões).