O Marítimo foi hoje o primeiro clube da I liga de futebol a exigir certificado de vacinação e teste negativo à covid-19 para poder assistir ao embate da 12.ª jornada frente ao Paços de Ferreira.

A Madeira é a primeira região do país a exigir a apresentação de teste negativo à covid-19, como também o certificado de vacinação para assistir a um evento desportivo [o resto do país só se regerá por esta medida a partir de 01 de dezembro].

O Marítimo fez assim as honras e tornou-se no primeiro clube da I Liga a dar seguimento às novas condições estipuladas pelo Governo Regional na receção ao Paços de Ferreira para a 12. ª jornada.

Segundo o presidente do Marítimo, Rui Fontes, trata-se de uma medida “perfeitamente adequada, que só vem em defesa da população”, revelando que a massa associativa do clube madeirense “é cumpridora”.

“Acredito que as pessoas se vão sentir mais seguras por saber que está toda a gente vacinada e testada”, destacou à agência Lusa o líder maritimista, reforçando: “Mesmo com a vacina podemos contrair e transmitir o vírus, portanto, a realização de um teste dá mais garantias.”

O Marítimo “tem criado condições para facilitar o cumprimento destas medidas”, com a criação de dois postos de testagem nos arredores do recinto desportivo desde o início do campeonato, tendo realizado para o encontro em questão quase 500 testes rápidos em dois dias.

Na sua grande maioria, os adeptos abordados pela agência Lusa à porta do Estádio dos Barreiros mostraram-se apologistas das novas medidas, mas há quem ache que peca por excesso de zelo.

Para Luís Carvalho a “exigência de apresentar os dois documentos foi a decisão mais acertada”, porque há uns tempos a região “ia bem, mas agora o número de casos positivos está a aumentar”.

“Apesar de estar vacinado, não quer dizer que não posso apanhar a doença. Apresentar um teste negativo é uma questão de justiça para com os outros. Temos de cuidar uns dos outros”, reforçou o reformado de 62 anos.

Opinião partilhada pela adepta maritimista Cristina Luís, que ressalvou o “grande exemplo que a Madeira está a dar”.

“Sinto-me mais segura para assistir ao jogo, porque sei que as pessoas que entram estão vacinadas e com teste negativo”, sublinhou a ajudante técnica de crianças com necessidades especiais.

Por outro lado, André Gouveia discorda das medidas implementadas, garantindo que “só o teste se justificava”, porque “o estádio é aberto e tem regras para que não atinja a lotação máxima de forma a cumprir o distanciamento social”.

“Tenho conhecimento de muita gente que não vem assistir ao jogo devido a estas medidas. O problema não é ser vacinado ou não, mas sim o processo demorado de ter de chegar à porta e mostrar a papelada toda. Muita gente tem tudo, até foram dos primeiros a tomar a vacina, mas não querem enfrentar esta burocracia toda”, sublinhou o adepto ‘verde rubro’ de 33 anos.

Segundo os dados publicados pelo Governo Regional, 84% da população madeirense, com cerca de 251 mil habitantes, já está inoculada com as duas primeiras doses da vacina.

A implementação da medida de combate à difusão do vírus SARS-CoV-2 veio coincidir com o regresso do clube insular ao seu recinto desportivo, após quase três meses de interdição devido às condições do relvado.

De volta ao ‘caldeirão’, a opinião dos adeptos foi unânime, “finalmente em casa”, tendo o regresso revelado um aumento na audiência apontando para mais de 3.500 adeptos, onde habitualmente registava uma média de 2.000.

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