O treinador do Boavista afirmou hoje que "tem de haver exigência máxima" até ao fim da I Liga de futebol e recusou qualquer "comodismo" pelo facto da equipa já ter 35 pontos, que praticamente chegam para a manutenção.
Na antevisão do jogo com o Santa Clara, no domingo, para a 29.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, Daniel Ramos sublinhou que "ninguém pode achar que o trabalho já está feito e quem o fizer está errado ou está a mais".
O técnico referiu que "a semana de trabalho foi outra vez curta", mas disse que o tempo foi "bem" aproveitado para corrigir o que correu mal com o FC Porto e preparar o jogo com o Santa Clara da melhor forma, sabendo que a equipa açoriana vem de uma vitória frente ao Benfica, na Luz, por 4-3.
"Demos três passos à frente em jogos anteriores e um passo atrás [frente ao FC Porto, na ronda anterior] pela segunda parte que fizemos, não pela primeira, que não foi muita boa, mas foi boa", analisou.
O Santa Clara "é uma equipa sólida, com comportamentos já bem definidos, vem de um resultado excecional e está de parabéns por isso, mas são jogos diferentes", considerou o treinador ‘axadrezado’, que espera reencontrar-se com os bons resultados.
"O Santa Clara tem sido sempre uma equipa, quer em casa, quer fora, que tem concedido e criado oportunidades, que se predispõe a fazer um jogo na procura do golo, não é uma equipa de espera, é uma equipa ativa e por isso antevejo um bom jogo", afirmou.
Daniel Ramos deseja que a sua equipa tenha bola e capacidade de se aproximar com frequência da baliza do Santa Clara e, com isso, "criar oportunidades" de golo.
"Perspetiva-se um bom jogo entre duas equipas a jogar para vencer", resumiu.
Questionado sobre a atitude que espera da sua equipa, disse que, "enquanto for treinador do Boavista, tem de haver exigência máxima e ninguém pode achar que o trabalho já está feito e quem o fizer está errado ou está a mais".
O seu sublinhado, explicou, sem contudo pormenorizar, fundamenta-se em "’feelings’" de se achar que já se está cómodo e que 35 [pontos] chegam".
"Não chega e, por isso, são sinais de alerta para dentro, e quem não estiver a pensar assim, está errado", reafirmou, insistindo que quer "exigência máxima até ao último dia, sem ses".
Na conferência de imprensa anterior, quando anteviu o embate com o rival FC Porto, Daniel Ramos disse que queria resolver o seu futuro o quanto antes e que, por esse motivo, pretendia reunir esta semana com o presidente do Boavista, Vítor Murta, mas tal não aconteceu. "Se calhar na próxima semana, que é um bocadinho mais longa", adiantou.
O técnico frisou ainda que, "às vezes, esquece-se" que o Boavista perdeu os jogadores Samu, Rafael Costa, Neris, que saíram para outros clubes, ao passo que "entradas em janeiro zero" e apesar disso continuou a "fazer pontos e até a aumentar de rendimento".
"Estou a apostar em jovens, o clube está a ter e vai ter retorno, porque há jogadores que vão no final da época ser muito valorizados. Isto é um grande ganho, mas não chega e não vou deixar ninguém acomodar-se. Quero exigência interna e que não haja comodismo", completou.
O Boavista, 10.º classificado, com 35 pontos, defronta no domingo o Santa Clara, 8.º, com 38, em jogo da 29.ª jornada da I Liga portuguesa, marcado para as 21:00, no Estádio do Bessa, no Porto.
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