O Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol abriu um processo disciplinar contra o Sporting na sequência das declarações de Carlos Xavier, a 8 de setembro, no canal televisivo oficial do clube de Alvalade.
O antigo jogador dos leões teceu duras críticas ao estilo de jogo de Mehdi Taremi, apelidando-o de "um muçulmano que quando veio para Portugal não sabia nadar e agora já sabe mergulhar".
Na altura, o FC Porto reagiu de imediato com um comunicado, visando o Sporting e sublinhando a gravidade das declarações proferidas.
"O que pensam sobre este discurso xenófobo, racista e de ódio na televisão do Sporting entidades como SOS Racismo, Amnistia, ERC, Comissão Europeia contra o Racismo e a Intolerância, Justiça de Portugal e Governo? Ou a Comissão para a Igualdade e Contra a Discriminação Racial? Isto é demasiado grave para passar incólume", escreveram os dragões na altura.
Carlos Xavier veio no dia seguinte emitir um pedido de desculpas pelas suas palavras.
"Quero pedir desculpa pelas palavras que proferi na quarta-feira passada. Longe de mim querer atingir quem quer que seja; longe de mim usar palavras xenófobas ou racistas, quando tenho amigos de todas as cores e de todas as religiões", afirmou o antigo jogador.
Não demorou muito para que as reações se multiplicassem, passando pela Federação Iraniana de Futebol a Amnistia Internacional e também pelo próprio Taremi.
O processo disciplinar vai agora avançar e, de acordo com o o artigo 113º do Regulamento Disciplinar relativo a processos discriminatórios, a equipa de Alvalade corre o risco de, se for aplicada a pena máxima, realizar cinco jogos à porta fechada, isto para além do pagamento da correspondente multa.
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