"Não há tratamento diferente para os clubes que estão na Direcção e para os que não estão na Direcção. Este procedimento foi idêntico ao tomado anteriormente", afirmou a mesma fonte, no dia em que a SAD do Leixões anunciou a sua demissão da Direcção da LPFP.

Segundo a mesma fonte, o Leixões vai ser substituído pelo Desportivo de Chaves, da Liga de Honra, que pediu o reingresso na Direcção presidida por Hermínio Loureiro, depois de a ter deixado no final da temporada de 2006/07, em virtude da descida à II Divisão, que o deixou afastado das competições profissionais, sendo então substituído pelo Trofense.

A renúncia foi divulgada hoje pelo sítio oficial do Leixões na Internet e justificada por anteriores "tomadas de posição" da administração da SAD, nomeadamente no que diz respeito à "forma como assuntos da pré-época foram tratados".

"No seguimento de anteriores conversas, vimos uma vez mais lamentar a forma como a Comissão Executiva e o Sr. Presidente, no final da época passada, deixaram conduzir a informação sobre os pressupostos para a inscrição na nova época, criando um clima de suspeição sobre as nossas capacidades, que veio a criar-nos dificuldades agravadas", pode ler-se na referida carta.

No final de Junho, a LPFP divulgou que a inscrição dos matosinhenses nas competições profissionais era aceite sob condição, devido à ausência das certidões do Fisco e da Segurança Social, enquanto a 08 de Julho foi revelado que o clube não tinha apresentado 12 jogadores inscritos e licenciados.

No texto enviado à LPFP, realça-se o "enorme desagrado" da massa associativa do Leixões "pela forma como o assunto era tratado na comunicação social", no que foi considerado "uma enorme falta de respeito".

"Nem sequer tivemos a mais pequena demonstração de solidariedade da vossa parte, bastando para isso uma chamada telefónica para se inteirarem da verdadeira situação", acrescenta o documento, frisando que tudo isto "toma ainda maior dimensão" dado que o Leixões "ainda fazia parte da Direcção" da LPFP.

As relações entre a direcção da LPFP e o Leixões já tinham sofrido um sobressalto segunda-feira, quando o presidente da SAD leixonense, Carlos Oliveira, afirmou que Hermínio Loureiro devia abandonar a presidência da Liga Portuguesa de Futebol caso fosse eleito autarca pelo PSD para a Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis.

Na mesma data, o dirigente instigou a Liga Portuguesa de Futebol Profissional a "fazer mais" pela viabilidade dos clubes.

"A Liga está cada vez mais rica e os clubes cada vez têm menos apoios", criticou, desafiando o organismo a cumprir várias promessas de ajuda.