O presidente do Sindicato Profissional de Jogadores de Futebol, Joaquim Evangelista, lamenta o clima crescente de crispação em torno da arbitragem e apela a alguma contenção entre os atores do futebol português.
«Estamos em final de campeonato e o clima, dada a competitividade que existe, tem tendência a crispar. Entendo por isso que deve haver um esforço de compreensão, mas o ideal é que a arbitragem possa ser ela própria parte da solução para resolver os seus problemas.»
Evangelista lembrou que houve uma mudança recente na Federação Portuguesa de Futebol, revelando-se esperançado numa melhoria das condições no ramo da arbitragem.
«Estou confiante de que a arbitragem saberá encontrar internamente soluções que ajudem a apagar este clima de suspeição que continua a subsistir. Não é fácil, mas os dirigentes também têm de fazer um esforço acrescido de compreensão.»
Quanto às declarações mais recentes de alguns dirigentes, nomeadamente do Sporting - que exigiu a erradicação de Bruno Paixão na sequência da arbitragem no Gil Vicente-Sporting -, o presidente do SJPF é da opinião que há formas mais construtivas de manifestar desagrado.
«Mesmo quando os clubes são prejudicados, há formas silenciosas que podem ser mais úteis para a resolução do problema do que propriamente a tomada de uma posição pública. Compreendo as razões de queixa de alguns clubes e acho que também não fica mal à arbitragem reconhecer os seus erros, procurando um clima de entendimento e diálogo recíproco», concluiu.
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