O presidente da Académica, José Eduardo Simões, reclamou hoje eleições antecipadas na LPFP, confirmou o recurso quanto à decisão de atribuir ao Portimonense a passagem à terceira fase da Taça da Liga e disse que o organismo se recusou a prestar qualquer esclarecimento sobre o critério de desempate utilizado: a média de idades.
Orlando Carvalho, director executivo da LPFP, disse hoje à Agência Lusa que foram prestados todos os esclarecimentos solicitados, tanto ao Portimonense como à Académica.
"Não é verdade que o director executivo da Liga não tenha respondido aos pedidos formulados pela Académica e Portimonense, quer antes ou depois do jogo. Foram dados todos os esclarecimentos aos dois clubes por escrito. Depois do jogo, apenas a Académica solicitou esclarecimentos e, nesse mesmo dia, foram dadas as respostas por escrito", disse Orlando Carvalho.
O dirigente reiterou que as declarações do presidente da Académica "são falsas" e reconheceu a existência de um erro inicial na análise das médias, devido a um lapso do departamento de registo de contratos.
"Se, por exemplo, um jogador tiver 27 anos num jogo, mas no anterior tenha tido 26, somamos as duas idades e dividimos por dois. É esse o critério. Mas, de facto, houve um lapso nos dados que o departamento de registo de contratos nos enviou", considerou Orlando Carvalho, lembrando, contudo, que isso apenas influenciou em algumas centésimas e nada alterou quanto ao posicionamento do grupo.
A página oficial da LPFP apresentou dados discrepantes de um dia para o outro quanto a média de idades, embora os dados tenham sempre apresentado o Portimonense como vencedor do grupo.
"A Académica estava informada disto", disse ainda o dirigente, sublinhando que este critério inovador pode desagradar a alguns, mas permite que os jogadores mais jovens tenham mais oportunidades de jogar.
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