Corria a temporada 2010/11 e o FC Porto procurava roubar o ceptro conquistado pelo Benfica no ano anterior e quebrar o jejum de títulos. Jesualdo Ferreira havia saído do comando técnico dos “dragões” e respiravam-se ventos de renovação com André Villas-Boas.
O jovem técnico teve tamanho impacto no grupo de trabalho que no final da quarta jornada, a formação da cidade Invicta já comandava com nove pontos de vantagem sobre a concorrência (Vitória de Guimarães era 2.º classificado). A par disso, o Benfica de Jorge Jesus teve um início de época desastroso com três derrotas em quatro jogos e ocupava o 13.º posto.
À décima jornada, o reduto dos “azuis e brancos” vestiu-se de confiança para receber um Benfica intermitente e debilitado, embora tivesse recuperado na tabela (2.º lugar) e estivesse agora a sete pontos de diferença. A fragilidade dos “encarnados” notou-se no resultado: 5-0. A maior derrota do Benfica em casa do seu rival.
O resultado começou a ser construído logo aos 11 minutos, quando Hulk (melhor marcador da prova com 23 golos) passou por David Luiz e passou recuado para Varela finalizar. Jorge Jesus apostou no brasileiro para ocupar a lateral esquerda da defesa, colocando Sidnei no centro e adiantando Fábio Coentrão para o meio-campo. Aposta que se viria a revelar desastrosa.
O Benfica apenas fazia figura de corpo presente e treze minutos volvidos, os portistas aumentaram a vantagem para dois golos por intermédio de Falcao (segundo melhor marcador da prova com 16 golos). Novamente pela esquerda, Belluschi fintou David Luiz e cruzou para o colombiano fazer o gosto ao… calcanhar. Um verdadeiro hino ao futebol espetáculo.
Parecia tudo demasiado fácil e o terceiro foi uma questão de tempo. Três passes e golo. Quem? “El tigre”, pois claro. Sapunaru lança uma bola longa para a corrida de Belluschi, que arruma Sidnei da frente, serve o “cafetero” de bandeja e este atira sem hipóteses de defesa para Roberto (muito criticado ao longo da época devido às suas sucessivas falhas).
A segunda parte iniciou com o mesmo sentido de jogo. O Benfica ainda tentou esboçar uma reação e a sua grande oportunidade para concretizar aconteceu aos 60’, por intermédio de David Luiz. Hélton correspondeu com uma grande estirada. Quando faltavam dez minutos para o final da partida, Hulk deu as duas machadadas finais, primeiro de penálti a castigar uma falta cometida por Coentrão sobre o “incrível”. Roberto para um lado, bola para o outro e 4-0.
Estava consumada a goleada, mas o “dragão” ainda tinha sede de mais e o camisola 12 fixou o resultado final com um remate cruzado à entrada da área. Perante falta de agressividade da defesa benfiquista, o internacional brasileiro rematou com potência e colocação. A bola fugiu de Roberto e o espanhol nada pode fazer para evitar o tento.
O FC Porto acabaria por se sagrar campeão no Estádio da Luz ao vencer novamente as “águias” (2-1) e o Benfica ficou em 2.º lugar com 21 pontos de diferença.

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