Manuel Machado conta com três passagens pela equipa principal do Vitória de Guimarães, em alturas diferentes da sua vida, mas a sua relação com os adeptos, com altos e baixos, e os resultados aquém das expectativas têm ditado o seu insucesso na cidade berço.
Se em 1995/96 o “professor” esteve apenas uma época e como adjunto, já em 2004/05 ocupou o cargo principal na estrutura técnica, mas a aventura voltou a ficar-se pelos doze meses.
Em 2010 é-lhe dada uma terceira oportunidade e e recai sobre si a escolha de tomar as rédeas desta equipa defendida acerrimamente pelos seus adeptos.
Apesar de um campeonato em que alcançou o quinto lugar e uma final da Taça de Portugal, tudo isso ficou no baú das memórias com o início desta temporada.
Duas derrotas com o FC Porto (supertaça e primeira jornada da Liga) e mais dois desaires com o Atlético Madrid (play-off Liga Europa), equipas “financeira” e desportivamente de outra dimensão, foram preponderantes para a sua saída.
A juntar a isso, existe também um ambiente conturbado na direção do Vitória com as críticas do ex-candidato à presidência, Pinto Brasil, a atacar vezes sem conta Emílio Macedo, e a cobrança constante dos adeptos.
O técnico acaba por ser sempre, nestes casos, o elo mais fraco e Manuel Machado sentiu isso na pele.
Apesar do seu amor ao Vitória e da sua competência profissional, clube e treinador somam mais divórcios que momentos felizes.
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