José Silva, funcionário judicial que se encontra atualmente detido no âmbito da investigação e-Toupeira, acedeu ilegalmente a um inquérito do Ministério Público na véspera da realização de buscas no Estádio da Luz no âmbito da Operação Lex, avança o Expresso este sábado.

Segundo veicula o referido semanário, o funcionário judicial terá feito várias pesquisas ilegais no Citius na véspera de todas as buscas ao Estádio da Luz.

"Às 19h52 de 29 de janeiro, uma segunda-feira, José Augusto Silva acedeu ilegalmente ao inquérito do Ministério Público que investiga o Benfica no chamado caso dos emails. Três minutos antes e três minutos depois, o funcionário judicial visitou também outros dossiês relacionados com o clube, o que levou posteriormente à sua detenção, a 7 de março (...) Aquela noite de janeiro foi, então, simbólica, porque foi a última em que José Augusto Silva fez o que andava a fazer desde junho de 2017. E, por coincidência ou não, na manhã seguinte, 30 de janeiro, dezenas de magistrados do Supremo e inspetores da Polícia Judiciária fizeram buscas nas casas de Luís Filipe Vieira e do juiz desembargador Rui Rangel, bem como nas instalações do clube encarnado", pode ler-se no referido jornal.

Recorde-se que José Silva encontra-se detido por suspeitas de corrupção passiva e violação do segredo de justiça, entre outros.