É o sétimo empréstimo emitido pela SAD do Benfica e pretende reduzir "a exposição" da sociedade à banca portuguesa. Com este empréstimo de 50 milhões de euros, o terceiro em vigor, o Benfica encaixa 145 milhões de euros via investidores externos.

“É uma fonte de financiamento interessante para o Benfica, quer para os detentores de obrigações. É uma oportunidade para fazermos uma redução da nossa exposição à banca portuguesa e diminuir a nossa dívida”, afirmou Domingos Soares de Oliveira no Estádio da Luz, referindo que a taxa bruta oferecida será de quatro por cento, sendo que a taxa final atingirá uma remuneração de 2,9 por cento.

Em entrevista ao jornal O Jogo, Camilo Lourenço refere que este novo empréstimo obrigacionista mostra que o Benfica tem de se preocupar com a taxa de juro.

"Estes empréstimos mostram que a SAD não tem recursos financeiros para fazer face àquilo que é o seu negócio e tem de pedir dinheiro emprestado. Antigamente, essas situações eram satisfeitas com a ajuda da banca; como esta tem atravessado o deserto nos últimos anos, os clubes têm de procurar alternativas. A primeira solução é criar mais receitas com a venda de jogadores, como aconteceu com a libertação de Gonçalo Guedes, além de saída de Renato Sanches, no final da última época; a outra é esta. O que me preocupa aqui são as taxas de juro. É normal a necessidade de capitais alheios, as empresas têm é de gerar recursos para ir amortizando esses empréstimos. E não tenho a certeza de que o Benfica ou qualquer outro clube em Portugal consiga gerar recursos suficientes para faazer uma amortização acelerada destes três empréstimos", referiu o economista, que não acredita na saúde financeira do Benfica.

"Bem, nós já temos a fotografia do que são os problemas dos nossos clubes. Ou seja, sabemos que não estão financeiramente bem, não só por aqui mas também por outros pormenores. O que notamos é que os passivos das SAD vão aumentando e o esforço que vai sendo feito para os baixar nunca conseguiu até hoje colocar a dívida em valores confortáveis. Claro que há outras opções que não me dão uma rentabilidade tão elevada, mas onde estou mais seguro. Não digo que o Benfica não vai pagar, nem que vai à falência, quero deixar isso bem claro. Mas lembro-me dos indignados do BES. Houve alguns espertos que achavam que iam ter uma rentabilidade mais elevada e depois tramaram-se...", afirmou.

Recorde-se de que o Benfica tem mais dois empréstimos obrigacionistas em vigor, pedindo 45 milhões no período 2015-2018 e 50 milhões no período 2016-2019.

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