A forma como decorreu o estágio do Sporting na Holanda promete uma equipa mais competitiva do que na época passada, quer pelo espírito de grupo criado, quer pelas boas indicações dadas pelos reforços contratados.

Apesar do treinador Domingos Paciência ter fechado os treinos aos jornalistas e “enclausurado” os jogadores no meio de um hotel no bosque, foi perceptível, na meia hora diária de acesso aos treinos, que existe um espírito saudável e de companheirismo entre os jogadores.

Por outro lado, a resposta da equipa nos três jogos realizados, em particular no último, até pelo maior grau de dificuldade do adversário, o Ankaragucu da Turquia, foi muito satisfatória e revelou que os jogadores já conseguiram assimilar alguns princípios de jogo que Domingos pretende implantar.

A condição física já permitiu que a equipa, durante 45 minutos, conseguisse exercer um “pressing” bastante forte na recuperação da bola, com o mesmo a começar nos avançados e sem que a nenhum jogador seja dada a prerrogativa de não trabalhar nessa recuperação.

Nas transições ofensivas a equipa já conseguiu imprimir um ritmo e uma fluência do jogo não expectáveis nesta fase da pré-temporada, com movimentos de rutura e com jogadas de bola parada já estudadas, uma das quais resultou no primeiro golo frente ao Ankaragucu, num livre cobrado por Schaars para a finalização de Hélder Postiga.

O 4x1x3x2 em que o Sporting assentou a sua estrutura em campo nos três jogos foi o sistema base escolhido por Domingos e é aquele em que a equipa foi trabalhada neste estágio.

Contudo, o treinador já avisou que terá outros alternativos quando puder contar com jogadores que ainda não chegaram, como Luís Aguiar, Carrillo, Capel, Matías Fernandez e Rodriguez, de modo a que a não se torne demasiado previsível.

Em termos individuais, as expectativas foram excedidas, tendo em conta que Diego Rubio revelou-se muito promissor, que Rinaudo vai ser um “pitbull” no meio campo, pela forma implacável como marca e como intuí o momento para entrar aos lances, que Schaars mostrou ter tudo para ser o patrão da zona intermédia, o jogador que marca os ritmos e que é competente nas bolas paradas.

Por outro lado, Marat Izmailov pode vir a ser um grande reforço para a época em curso. A exibição na primeira parte frente aos turcos confirmou a sua importância e o desequilibrador nato que é, assim o joelho lhe permita, ao contrário do que aconteceu na época transata.

Em relação ao jovem Wolfswinkel, a quem o estágio não correu tão bem, visto que é muito mais difícil e demorada a criação de automatismos nos movimentos ofensivos, revelou características de avançado mais posicional, que encaixam com as de Postiga e de Diego Rubio.

A defesa, que revelou fragilidades evidentes na época passada a nível do jogo aéreo, continua a deixar no ar algum cepticismo, que o facto de não ter sofrido golos nos três jogos do estágio não apaga, pela fragilidade dos adversários.

Onyewu integrou o estágio a meio e jogou pouco tempo frente ao Ankaragucu, insuficiente para perceber se pode ser um central capaz de colmatar a vulnerabilidade da defesa nas bolas aéreas.

Assim, o jogo de sábado com a Juventus, no Canadá, será mais uma etapa e um teste importante, pela maior capacidade do adversário, para avaliar a evolução da equipa.

Seja o melhor treinador de bancada!

Subscreva a newsletter do SAPO Desporto.

Vão vir "charters" de notificações.

Ative as notificações do SAPO Desporto.

Não fique fora de jogo!

Siga o SAPO Desporto nas redes sociais. Use a #SAPOdesporto nas suas publicações.