O ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, disse hoje que o Estado paga anualmente milhões de euros pela segurança fora dos estádios de futebol, como acompanhamento de claques e escolta de equipas.

«O policiamento, ao contrário daquilo que se tem dito, é pago uma parte pelos clubes, que são os elementos policiais que estão dentro dos estádios. Tudo o resto é suportado pelo Estado», disse Miguel Macedo aos jornalistas à margem da cerimónia que assinalou o Dia da Proteção Civil.

O ministro adiantou que tudo o que está relacionado com a segurança fora dos estádios «já hoje é paga pelo Estado», desde o acompanhamento das claques e das equipas, passando pela presença nas autoestradas quando há grandes deslocações e nas estações de serviço.

«Isso significa milhões de euros por ano e o empenhamento de milhares de elementos policiais durante uma época desportiva», sustentou.

Miguel Macedo reafirmou que vai propor a alteração da legislação relativa ao policiamento nos eventos desportivos, tornando obrigatória a requisição da força policial.

«Pelo menos nas competições profissionais terá sempre que haver policiamento, o que não tem acontecido até agora», disse, esclarecendo que vão ser os clubes a pagar o número de elementos policiais que são requisitados para dentro dos estádios.

O ministro adiantou que «nas circunstâncias atuais» deve ser imposta essa obrigatoriedade.

Recentemente têm sido vários os incidentes ocorridos dentro dos estádios sem policiamento, tendo os últimos ocorridos no passado fim de semana em Guimarães causado vários feridos, em confrontos entre adeptos do Vitória local e do Sporting de Braga.

Atualmente, a presença policial nos campos de futebol não é obrigatória, opção que fica ao critério de cada clube.