O treinador do Olhanense desvalorizou esta quinta-feira o actual momento do Sporting, que a equipa algarvia recebe sábado em jogo da 19ª ronda da Liga de futebol, alertando para o facto de o adversário ser “temível” fora de casa.

«O importante é olharmos para os dados estatísticos do campeonato que uma e outra equipa têm feito e isso mostra-nos um Sporting que tem feito um campeonato muito bom fora de casa, com apenas duas derrotas, melhor do que em Alvalade», disse Daúto Faquirá, na projecção ao jogo.

O técnico do Olhanense acrescentou que o Sporting, «sem a pressão que sente em Alvalade, vai ser um adversário temível», que promete «complicar a vida» aos algarvios, mesmo sem Liedson, cuja saída considerou um assunto do «foro interno» do clube lisboeta.

«A comunicação social dá-nos eco de que o Sporting poderá ter algumas questões internas por resolver, mas isso é um pau de dois bicos, depende da forma como se agarra a faca: podemos ferir-nos ou utilizá-la como uma arma», frisou, sobre o momento da equipa orientada por Paulo Sérgio.

Daúto Faquirá lembrou que o Olhanense «também tem feito um bom campeonato em casa», não só por ainda não ter perdido no seu reduto para o campeonato, como por possuir a melhor defesa (apenas quatro golos sofridos) como visitada.

«Temos esses números, mas também temos a consciência de que ainda não jogámos em Olhão com Sporting, Benfica, FC Porto e Braga e o grau de dificuldade vai aumentar. Mas não fazemos disso um cavalo de batalha, porque o nosso campeonato é fazer o maior número de pontos. Já temos mais do que no ano passado, colocando objectivos difíceis mas exequíveis e se conseguirmos manter essa invencibilidade, melhor», garantiu.

O técnico do Olhanense perspetivou «um bom jogo, difícil para as duas equipas» e sublinhou que «será um pormenor a decidir o jogo».

As lesões complicam o trabalho do treinador da formação algarvia, com as lesões que afectam João Gonçalves e Maynard a dificultarem a escolha de um lateral direito: «Esse é um problema complicado porque até ao momento não tenho noção de quem poderá jogar nessa posição. Vamos ter de testar várias hipóteses».

O bom momento do Olhanense não deixa ainda Daúto Faquirá a pensar na Europa: «Esse não é o objetivo prioritário do Olhanense. Nunca falámos sobre isso no grupo, nem quando estivemos em terceiro lugar. Falta-nos três pontos para a manutenção e, a partir daí, é natural e compreensível que haja essa euforia em Olhão».

«Agora, se chegarmos a Maio e estivermos a dois pontos desse objectivo como agora, claro, porque isso é uma questão de valorização pessoal», ressalvou.

Daúto Faquirá recordou ainda que lhe foi pedido pela direcção dos algarvios «um desafio de sustentabilidade», para criar condições para que o clube «se mantenha na primeira liga por mais dois/três anos para depois se poder pensar noutras questões».

O Olhanense, sétimo classificado, com 25 pontos, recebe sábado o Sporting, terceiro, com 32, em jogo marcado para o Estádio José Arcanjo às 21h15, com arbitragem de Olegário Benquerença, de Leiria.