O FC Porto somou este domingo a sexta vitória seguida, ao bater no Dragão o Estoril por 4-0, partida da 10.ª jornada da Primeira Liga de Futebol.
Namaso, Pepê e Galeno (2) fizeram os tentos dos azuis e brancos, que mantém o 2.º posto, com 27 pontos, menos três que o líder invicto Sporting.
Na próxima quinta-feira os azuis e brancos jogam em Itália com a Lazio para a Liga Europa, antes de deslocar-se à Luz para o clássico com o Benfica, marcado para o próximo domingo. Varela, que estava em risco de suspensão, escapou ao amarelo e pode defrontar os encarnados.
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Meter a 5.ª para mudar a história
Impossível não recorrer a memória recente perante um FC Porto-Estoril. Na época passada, os canarinhos de Vasco Seabra lograram vencer três dos quatro jogos contra os dragões de Sérgio Conceição, o primeiro deles em pleno Dragão, num jogo decidido com um livre direto magistralmente batido pelo escocês Jordan Holsgrove. Foi precisamente há um ano, no dia 10 de novembro de 2023, curiosamente também na 10.ª jornada da I Liga.
Como um raio não cai duas vezes no mesmo lugar, os dragões tinham a missão de escrever outra história que pudesse traduzir na 6.ª vitória seguida e a reposição dos três pontos de desvantagem para o líder Sporting. O onze que deu 5-0 ao AVS deixou tão boa impressão que Vítor Bruno optou por confiar-lhes a tarefa de bater os canarinhos, no Dragão.
Namaso deu o primeiro sinal de uma história diferente, num remate que ficou nas pernas de Pedro Álvaro logo aos 11 minutos, depois de algum tempo em que os canarinhos conseguiram travar as investidas dos azuis e brancos.
Aos 19 minutos o Estoril caiu no 'engodo' do FC Porto, subiu um pouco as linhas e deixou espaço que Namaso soube atacar. A leitura perfeita no passe é de Martim Fernandes, o internacional jovem por Inglaterra disparou de primeira, Robles ainda tocou na bola, mas esta morreu no fundo das redes. Com este golo, mudaria a história do ano passado: o resultado já não podia ser o mesmo.
A equipa de Ian Cathro tentava jogar, sem medo, pressionando o FC Porto com os três da frente contra os quatro defesas. Mas quando não conseguia impedir a ligação entre os centrais e médios portistas, a equipa ficava exposta.
Mas não foi dessa exposição que nasceu o 2-0, mas sim de uma desatenção do central Boma: tentou atrasar a bola para Joel Robles, não viu a posição do guardião e meteu a bola diretamente em Pepê que atiro para a baliza deserta. Lance muito caricato! 2-0 para o FC Porto, mesmo sem fazer muito por isso.
Entre o 1-0 e o 2-0, dois lances de registo: um cabeceamento de Pedro Álvaro para grande defesa de Diogo Costa, aos 22, após livre de Holsgrove; e um lance de puro fair-play de Pepê, que desistiu de ir para a baliza e fazer golo quando deu conta que Pedro Amaral, a quem tinha ganho a bola, tinha ficado pregado no relvado com dores na coxa. Os jogadores das duas equipas aplaudiram o gesto, Vítor Bruno também. O central canarinho teve mesmo de ser rendido por Pedro Carvalho.
A noite parecia de Namaso, titular pela segunda vez seguida, depois de alguns jogos lançado como suplente utilizado, ele que arrancou a época como o homem mais avançados dos azuis e brancos, antes da chegada de Samu. Aos 45+2, recebeu um passe de Pepê, numa jogada iniciada em Fábio Vieira, mas atirou contra as pernas de Robles; aos 45+3, resolveu disparar de fora da área para grande defesa do guardião da equipa da Linha. A noite era de desperdício do inglês.
Vítor Bruno gere Alan Varela, Galeno pede lugar no onze
O domínio exercido no jogo levou Vítor Bruno a deixar Alan Varela no banco, ao intervalo, lançando Eustáquio, protegendo assim o médio argentino de um possível cartão amarelo que podia retira-lo do clássico com o Benfica na próxima ronda.
A pior casa da época - apenas 39.019 espectadores no Dragão - ia tentando empurrar a equipa com cânticos, depois de uma entrada menos intenso após o intervalo.
La na frente, Namaso continuava a desperdiçar oportunidades. Eustáquio isolou-o com um fantástico passe picado, mas o avançado rematou novamente contra o corpo de Robles, aos 68 minutos. Aos 70, nem ele nem Samu chegaram a um centro atrasado de Pepê.
No banco estava quem sabia como fazer. Foi isso que pensou Vítor Bruno quando lançou Galeno aos 70 minutos, no lugar do apagado Fábio Vieira. O segundo jogo seguido sem ser titular espicaçou o brasileiro que entrou com fome. E 'molhou a sopa' aos 77, num cabeceamento na área após centro de Martim Fernandes.
João Mário, outro que perdeu a titularidade no FC Porto, entrou também com vontade de mostrar serviço, como fez na arrancada aos 87 minutos, antes de assistir Galeno para um dos golos mais fáceis da carreira. 4-0 para o FC Porto, 11.º golo do brasileiro esta época, ele que iguala assim Samu na lista dos melhores marcadores do FC Porto.
Do banco saíam dois golos dos dragões, numa noite em que Samu ficou em branco.
Vitória tranquila dos comandados de Vítor Bruno, antes da viagem até Roma para medir forças com a Lazio, na 4.ª ronda da Liga Europa. No próximo domingo, há clássico na Luz com o Benfica para o campeonato.
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