O FC Porto, de André Villas-Boas, entrou hoje para a história do futebol português como o segundo melhor campeão de sempre, ao finalizar a prova invicto, com míseros três empates.

Os “azuis e brancos” só não conseguiram fazer melhor do que o Benfica, de 1972/73, o outro campeão invencível, que, sob o comando de Jimmy Hagan, terminou a prova com 28 triunfos e dois empates.

Em 77 campeonatos, só mais uma equipa logrou concluir a prova sem derrotas: em 1977/78, o Benfica somou 21 vitórias e nove empates, mas ficou no segundo lugar, com os mesmos 51 pontos (dois por vitória) do campeão FC Porto.

Como agora os triunfos valem a triplicar, os “dragões” bateram o recorde de pontos a 30 jornadas (84, contra os 76 do Benfica a época passada) e conseguiram também a maior vantagem sobre o segundo (21 pontos), o clube da Luz.

A supremacia foi total - embora a vantagem sobre o Benfica também tenha a ver com a “desistência” dos anteriores campeões -, de uma equipa que teve o melhor ataque (73 golos), incluindo o melhor marcador e grande figura da prova, o brasileiro Hulk (23), e a defesa menos batida (16).

Depois do terceiro posto de 2009/2010, os portistas apostaram no jovem André Villas-Boas (33 anos) para suceder a Jesualdo Ferreira e a equipa liderou o campeonato da primeira à última jornada.

Após quatro rondas, marcadas por algumas arbitragens polémicas, o FC Porto já tinha ganho nove pontos de avanço sobre o seu principal adversário, o Benfica, e, depois, nunca permitiu a aproximação.

Quando perdeu os primeiros pontos, em Guimarães (1-1), à sétima jornada, o “onze” de Villas-Boas ainda ficou sete pontos à frente dos “encarnados”, que, três rondas depois, golearia por 5-0 no Dragão.

Com mais 10 pontos do que os concorrentes mais próximos (então Vitória de Guimarães e Benfica), o FC Porto parecia ter o campeonato ganho à 10.ª jornada e essa aparência confirmou-se plenamente, já que os “dragões” nunca cederam.

Um novo empate (1-1 em Alvalade), à 12.ª jornada, ainda reduziu a margem para oito pontos, mas esta jamais baixou, já que os “dragões” continuaram a ganhar sem parar, acabando por festejar à 25.ª ronda, em pleno Estádio da Luz, em Lisboa.

A 03 de Abril, uma vitória por 2-1 sobre o Benfica permitiu ao FC Porto festejar, com cinco jornadas por disputar, o seu 25.º título nacional.

Até final, os “azuis e brancos” mantiveram-se concentrados e, mesmo com algumas poupanças, seguraram a invencibilidade, cedendo apenas mais um empate, o terceiro, na recepção ao Paços de Ferreira (3-3, na 29.ª ronda).