O FC Porto venceu hoje por 2-1, no Dragão, frente a uma equipa ”B” do Benfica, reforçada com Enzo Perez e Salvio, fraca compensação para uma época para esquecer, na 30.ª jornada da I Liga de futebol.
Além das questões do orgulho, da rivalidade e do prestígio, o clássico serviu apenas para cumprir calendário, mas o FC Porto corria o risco de ser humilhado na sua própria casa se sofresse uma derrota de um Benfica constituído maioritariamente por jogadores reservistas e da sua equipa B.
Os portistas “fizeram os mínimos” ao assegurar a vitória, mas o novo treinador, o basco Julen Lopetegui, presente na tribuna do Dragão, deve ter percebido a dimensão e profundidade do trabalho que o aguarda, porque a exibição não fugiu à bitola que caracterizou o desempenho da equipa ao longo da época.
O Benfica, já campeão e sem pressão, tentou evitar a derrota, mas o melhor que conseguiu foi equilibrar o jogo em vários períodos e manter até ao fim a dúvida quanto à vitória portista.
O Belenenses dependia apenas de si próprio para garantir a permanência na receção ao Arouca, estando, por isso, numa posição mais favorável do que Paços de Ferreira e Olhanense, mas tinha de vencer o Arouca para alcançar esse objetivo.
Acabou por fazê-lo, mas a vitória foi “arrancada a ferros”, aos 88 minutos, graças a um golo do brasileiro Dayverson, e só não se sofreu a bom sofrer no Restelo porque os seus concorrentes diretos na luta pela manutenção estavam a perder os seus jogos.
O Paços de Ferreira confirmou a crise de confiança que se abateu sobre os seus jogadores na ponta final da época, depois da entrada de Jorge Costa para o lugar de Henrique Calisto ter surtido efeito durante algumas semanas, e perdeu em casa com a Académica por 4-2, o que obriga a equipa a disputar a liguilha para permanecer no escalão principal.
Já o Olhanense tinha, à partida, a missão mais complexa dos três candidatos à descida, porque estava obrigado a vencer no Bonfim, e mesmo assim dependia dos resultados dos rivais, mas o sonho esfumou-se ao ser derrotado pelo Vitória de Setúbal por 3-1.
No outro jogo da 37.ª e última jornada hoje disputado, o Sporting de Braga voltou a perder, desta vez no dérbi minhoto, no terreno do seu maior rival, o Vitória de Guimarães, por 1-0, caindo para nono lugar na classificação, com 37 pontos, os mesmos do oitavo, a Académica.
Pior do que esta época só em 2002/03, há 11 anos, quando a equipa se classificou em 14.º lugar da tabela classificativa.
O Sporting de Braga acabou por pagar fatura pesada pelas múltiplas transformações que o plantel sofreu da época transata para a atual, com a veterania de alguns jogadores a emergir e a saída de algumas “pedras” nucleares que não foram colmatadas.
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