O FC Porto passeou esta tarde por Setúbal, onde venceu com facilidade o Vitória por 1-3. No regresso à Liga, depois do desaire europeu com o Manchester City, os dragões reabilitaram a sua confiança com os golos de Janko, Fernando e Varela, perante uma equipa sadina praticamente inofensiva, que só marcou num livre exemplar de Meyong (75’).

Vítor Pereira apostou em Alex Sandro, Sapunaru e Janko no onze, deixando Maicon e James Rodriguez no banco. No lado sadino, a grande novidade era mesmo a estreia de José Mota como treinador da equipa do Bonfim.

Ainda alguns adeptos procuravam o seu lugar e já Janko dava nova prova da sua eficácia. O austríaco fez o seu terceiro jogo como titular e marcou pela terceira vez, escassas semanas após a sua chegada à Invicta. O avançado portista respondeu com um cabeceamento certeiro, aos 3’, na sequência de um bom cruzamento de João Moutinho.

Se a missão sadina já não era fácil, mais complicada ficou. A ausência de soluções, falta de dinâmica do meio-campo e pouca acutilância exibida nos primeiros minutos era o indício da pobre exibição do V. Setúbal. Assim, sem forçar o ritmo, não foi surpresa o segundo golo dos campeões nacionais, aos 26’. Hulk aproveitou um erro da defesa sadina e lançou Fernando, que não perdoou diante de Ricardo. Tudo simples e fácil para os dragões.

O jogo ‘arrastou-se’ até ao intervalo num ritmo baixo e pouco emotivo, onde o FC Porto limitou-se a controlar o encontro.

José Mota tentou mexer na equipa, mas a única diferença na equipa esteve na atitude: mais aguerrida e pressionante, mas longe da inspiração necessária para ameaçar. Os sadinos passaram a ter mais posse de bola, mas mais por concessão portista do que por conquista própria. Com efeito, de cada vez que a equipa de Vítor Pereira imprimia alguma velocidade, toda a estrutura defensiva do Vitória parecia ruir como um castelo de cartas.

Uma eventual surpresa dos anfitriões só parecia possível num erro do FC Porto ou num lance de bola parada. Ato contínuo, Meyong provou essa teoria e assinou o 1-2 aos 75’, num mlivre superiormente executado, sem hipóteses para Helton.

A esperança renascia no Bonfim, mas Varela, um antigo jogador dos sadinos, encarregou-se de anular a reação e fez o 1-3 final aos 78’, com o remate a contar ainda com um desvio em Miguelito. 

O FC Porto passou tranquilamente o teste em Setúbal e deixa agora o Benfica sob pressão, colocando-se a dois pontos dos encarnados, que jogam apenas amanhã, em Guimarães.