A Federação Portuguesa de Futebol (FPF) conta arrecadar cerca de 23,455 milhões de euros (ME) em direitos de transmissão, publicidade e patrocínios, mais 2,9 ME do que na época passada, de acordo com o orçamento para 2014/15.
No documento, a que a agência Lusa teve acesso e que vai ser discutido em Assembleia Geral (AG) no sábado, a direção da FPF prevê o encaixe de 23,577 ME em rendimentos suplementares, nos quais se inclui 7,875 ME em contrato de material desportivo, mais 375 mil euros do que em 2013/14, e 15,580 ME em outros contratos de publicidade e televisão, correspondendo a um aumento de 2,5 ME.
Além do aumento das receitas em transmissões e publicidade, destaca-se no orçamento a redução para um terço da rubrica de rendimentos de atividades desportivas, dos atuais 12,550 ME para 4,760 ME. Na alínea dos campeonatos internacionais, nos quais se inclui o Mundial2014 a redução é de 8,253 ME para 277 mil euros.
No exercício correspondente ao período 01 de julho de 2014 e 30 de junho de 2015, a FPF orçamenta 37,789 ME em despesas e 37,817 ME de rendimentos, prevendo um saldo positivo de 27.636,42 euros.
No atual exercício, que vigora desde 01 julho de 2013 até 30 de junho da 2014, a FPF apresenta gastos de 43,223 ME, mais 4,245 ME do que o que tinha orçamentado, e receitas de 42,367 ME, também mais 3,517 ME do que tinha previsto em maio de 2013. O saldo previsto também aumento dos 127.780 euros previstos para 856.608.
Durante a próxima época, o organismo conta gastar cerca de 10,8 ME em competições internacionais, cabendo a principal fatia à seleção principal (3 ME), e 8,4 ME em atividades desportivas nacionais, entre arbitragem (5,56 ME) e gastos operacionais com provas (2,87).
O orçamento para 2013/14 inclui 12,022 ME em despesas com serviços de estrutura, dos quais 1,88 ME para órgãos estatutários, 4,5 ME em gastos com pessoal e 2,8 ME para técnicos, médicos e outros prestadores de serviços.
Na introdução ao plano de atividades para 2014/15, a direção da FPF destaca que o orçamento para a próxima época “além de dar início a um novo ciclo, com vista à participação no Campeonato da Europa de 2016, a realizar em França, marca igualmente, em ano de centenário, a consolidação definitiva da construção da Cidade do Futebol, que será uma realidade em 2016”.
“Queremos que a obra esteja concluída antes do Europeu de 2016 e pretendemos que a mesma seja construída sem recurso a qualquer investimento público, apenas com verbas provenientes da FIFA, da UEFA e da própria FPF”, refere o mesmo documento, no qual não estão claramente identificadas verbas a alocar ao projeto.
A reunião magna marcada para as 10:00 de sábado, na sede da FPF, em Lisboa, vai servir para apreciar, discutir e aprovar o plano de atividades e orçamento para 2014/15, assim como aprovar a ata da AG de 31 de outubro de 2013 e debater outros assuntos de interesse para o organismo.