Francisco J. Marques, diretor de comunicação e informação do FC Porto acusou, esta terça-feira, Luís Filipe Vieira de tentar condicionar as arbitragens para o que falta jogar desta temporada.

"Estas declarações tiveram dois objetivos: um mais imediato, que foi disfarçar a derrota clara que tinham sofrido com o FC Porto; e o segundo, procurar condicionar a arbitragem. Todos nos recordamos que o erro mais grave de arbitragem do jogo foi o pénalti não assinalado contra o Benfica aos 7 ou 8 minutos.E na segunda parte há um jogador do Benfica que devia ter visto o segundo amarelo, o Seferovic, e não viu. Esses foram os erros mais evidentes. Não há razão para o Benfica se queixar daquela forma. O segundo objetivo destas declarações era condicionar o que resta da época. As principais decisões ainda vêm aí e o presidente do Benfica estava a tentar condicionar a arbitragem para estes 4 meses em que tudo se decide", começou por dizer o dirigente portista no programa Universo Porto, emitido no Porto Canal.

"Este é um comportamento que já aconteceu noutras ocasiões e o Luís Filipe Vieira é um barómetro de como o Benfica se comporta perante a arbitragem. Nos tempos do Vítor Pereira e do Ferreira Nunes, só faziam elogios. E foi na sequência disso que o Benfica propôs que as críticas à arbitragem fossem punidas de forma severa. Se hoje fôssemos aplicar esta ideia, o Benfica estava desgraçado. Estaria a lutar pela permanência porque tantas têm sido as críticas. As críticas em si mesmo não têm problema quando são factuais, estas não o são, o Luís Filipe Vieira procura apenas e só criar um clima de terror de forma a que os árbitro tenham medo", acrescentou.

Francisco J. Marques sublinhou ainda que espera uma reação por parte do Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol.

"O Benfica anda a procurar disfarçar os resultados menos bons que tem com questões de arbitragem. Vamos esperar para ver como as entidades desportivas vão agir, designadamente a de disciplina. Estas afirmações são especialmente graves porque vêm de um presidente, são graves porque procuram adulterar o decurso das competições e esperamos que O CD atue perante isto", finalizou.