Frederico Varandas, presidente em exercício, Nuno Sousa e Ricardo Oliveira são os candidatos à presidência do Sporting, para um mandato até 2026, depois de terem formalizado as respetivas candidaturas ao escrutínio de 05 de março.
No último dia para a entrega das listas para os órgãos sociais, Ricardo Oliveira formalizou a candidatura hoje, um dia depois de o atual líder e Nuno Sousa terem entregado as listas junto do presidente da Mesa da Assembleia-Geral (MAG), Rogério Alves.
A MAG irá analisar, até domingo, os documentos e assinaturas entregues e, na segunda-feira, notificará formalmente as três listas sobre a validade dos mesmos.
O atual presidente, Frederico Varandas, recandidata-se ao lugar três anos e meio depois de ter substituído Bruno de Carvalho, com o objetivo de dar sequência a um mandato que “fica para a história”, segundo afirmou o próprio na quarta-feira, antes de formalizar a recandidatura.
“Sentimento de dever cumprido. Há cerca de três anos e meio, exatamente neste hall vip [no Estádio José Alvalade], tinha dado a garantia que no final do mandato o Sporting estaria melhor e não está apenas melhor. O [Sporting] está muito, muito melhor. É com um grande orgulho que cumprimos este mandato”, disse, na ocasião.
Para a ‘posteridade’ ficam vários troféus conquistados em todas as modalidades desde que assumiu a presidência do Sporting, com óbvio destaque para o título de campeão de futebol, conquistado 19 anos depois.
“Estamos a falar de seis títulos para o futebol. Nenhum clube ganhou tanto como o Sporting no futebol: dois títulos com Marcel Keizer, quatro títulos com Rúben Amorim, um dos quais o título nacional que fugia há 19 anos. A nível das modalidades, vários títulos nacionais, 12 títulos europeus e um título mundial”, justificou.
Traçando como grande meta “continuar a fazer crescer um Sporting corajoso, independente e com valores”, Frederico Varandas apela aos sócios que se desloquem às urnas em 05 de março, de forma a mostrarem o que pretendem para o clube.
Já Nuno Sousa apresenta-se como “uma alternativa vinda da bancada”, com a intenção de engrandecer o clube lisboeta e alcançar uma proximidade diferente com os sócios 'leoninos'.
“Espírito de muita alegria. Hoje é o culminar de trabalho feito por uma grande equipa. Conseguimos reunir quase 2.000 votos, o que mostra bem o desejo dos sportinguistas de terem debate e uma alternativa vinda da bancada. É essa que nos propomos apresentar”, afirmou, aquando da entrega da lista candidata aos órgãos sociais.
A proposta de Nuno Sousa passa por “apresentar uma visão diferente do Sporting, tentar melhorar o que pode ser melhorado e manter o que está bem”, além de também “dar um bocadinho de voz a tantos sócios que se reveem naquilo que consta no programa”.
“Sem sócios, não há clube. Temos de engrandecer o Sporting, tendo cada vez mais sócios e tendo uma proximidade diferente com os sócios, que não é aquilo a que temos assistido”, apontou.
Por seu lado, o gestor Ricardo Oliveira, presidente da Federação Portuguesa de Padel, apresenta-se ao escrutínio com o desejo de preparar o clube lisboeta para a futura saída do treinador da equipa de futebol, Rúben Amorim, além de garantir que, caso seja eleito, o clube nunca perderá a maioria do capital da SAD.
“Comigo, os sócios podem estar seguros de que o Sporting não perderá nunca, direta ou indiretamente, o controlo da maioria do capital da SAD, algo que o rumo de gestão atual está longe de poder garantir”, prometeu Ricardo Oliveira, na terça-feira, durante a apresentação pública da candidatura.
As eleições para os órgãos sociais do Sporting, com vista a um mandato até 2026, estão agendadas para 05 de março, no pavilhão João Rocha, em Lisboa.
No último escrutínio, em 2018, Frederico Varandas foi eleito presidente do Sporting, com 42,32% dos votos (8.717 votantes), contra os 36,84% (9.735) alcançados por João Benedito, segundo candidato mais votado. José Maria Ricciardi teve 14,55% dos votos, superando as listas encabeçadas por José Dias Ferreira (2,35%), Fernando Tavares Pereira (0,9%) e Rui Jorge Rego (0,51%).
Esse foi o ato eleitoral do Sporting com maior afluência de sempre, com 22.510 sócios votantes, 19.159 de forma presencial e 3.351 por correspondência, de um total de 51.009 com direito a voto.
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