Durante décadas, o futebol jogado na rua do bairro foi o palco para os primeiros toques na bola, para mostrar as acrobacias e desenvolver os níveis artísticos da arte de dar ‘chutos na redondinha’. Pouco se falava de sítios próprios para dar corpo a diamantes em bruto.
Portugal soube aproveitar o enorme potencial e hoje é um dos melhores ao nível da formação, com palcos bem estruturados, onde a rua foi ‘abandonada’. Só que para Edgar Borges, selecionador nacional de sub-18, há que distinguir bem “futebol de rua de futebol na rua”.
“Futebol de rua não pode ser recriado sem a liberdade do futebol de rua”, salientou, durante a conferência Falar Futebol, que decorre esta segunda-feira, em Lisboa, lembrando os eventos de futebol de rua, que, na sua opinião, o desvirtuam, roubando-lhe a máxima “acaba aos cinco, muda aos seis”.
Já João Tralhão, treinador dos juniores do Benfica, fala em “adaptação” e em “recriação” nos treinos o espirito do futebol de rua.
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