Os agentes de futebolistas Artur Fernandes e Nuno Patrão e ainda o presidente da EUDEM - Escola de Negócios, Hélder Varandas, antevêem a perda de competitividade dos clubes portugueses no "circo" das transferências e disseram à agência Lusa que o "equilíbrio demorará a chegar".

"Eu creio que a aposta na formação terá de ser mais intensa e a prospecção cada mais exigente. O caminho só poderá ser esse, porque cativar jogadores acabará por ser mais difícil", explicou Artur Fernandes, também presidente da Associação Nacional de Agentes de Futebol (ANAF).

Nuno Patrão, por outro lado, garantiu que os campeonatos serão "cada vez menos competitivos e aliciantes" e explicou que o caminho passa pela "exportação".

"Vamos continuar a ser exportadores. Essa será a única forma de o campeonato português garantir receitas. Por isso, urge apostar na formação de jovens jogadores", considerou.

Hélder Varandas, presidente da EUDEM - Escola de Negócios, também assegurou a existência de mais dificuldades com a nova taxa e garantiu concordar com a possibilidade de perda de competitividade no campeonato luso.

O Governo anunciou a dia 13 de Maio um conjunto de medidas de austeridade para acelerar a redução do défice para 7,3 por cento em 2010 e 4,6 por cento em 2011 de forma a responder à pressão dos mercados internacionais.

Entre as medidas, negociadas com o PSD, estão o aumento das taxas do IVA em um ponto percentual, a subida do IRC em dois pontos percentuais, a redução de cinco por cento nos salários dos políticos, gestores públicos e membros das entidades reguladoras, e uma taxa extraordinária de um por cento para quem receba até cinco salários mínimos (2375 euros por mês) ou de 1,5 por cento para quem receba acima desse valor.