O médio luso-brasileiro do Benfica concedeu uma entrevista ao jornal O JOGO onde fez um balanço da sua época de estreia ao serviço do clube da Luz. Contratado ao Leganés num investimento total de 9,67 milhões de euros, Gabriel demorou a impor-se no onze titular do Benfica e só conquistou a titularidade definitiva com Bruno Lage antes de se lesionar em abril.

"Em termos individuais, este foi um ano de momentos altos e baixos. Na altura em que cheguei ao clube não estava tão bem, mas depois, com a mudança de treinador para o Bruno Lage, consegui ter um nível bom nas minhas atuações. Depois veio a lesão e foi uma montanha-russa de emoções nesta época, mas teve um final feliz", começou por dizer Gabriel.

Questionado sobre que tipo de conversa teve com Bruno Lage antes de assumir a titularidade, o médio luso-brasileiro garantiu que o técnico do Benfica não teve qualquer tipo de conversa individual.

"Não houve nenhuma conversa individual comigo, mas a mentalidade dele e a ideia de jogo foram compatíveis com a minha mentalidade e as minhas características de jogo, de transição rápida, de querer recuperar a bola rápido - isso foram algumas das coisas que ajudaram. Sem dúvida que consegui demonstrar as minhas qualidades e pude fazer boas atuações", disse Gabriel.

"Com a chegada de Bruno Lage, a dinâmica [da equipa] mudou. O grupo uniu-se mais e, com os resultados positivos, os desempenhos da equipa foram mais contundentes, o que torna o ambiente melhor. Assim, tudo ficou mais positivo no dia a dia. Sentimo-nos mais confiantes e importantes na equipa, e eu senti isso e pude corresponder", acrescentou Gabriel sobre o impacto da chegada de Bruno Lage ao comando técnico do Benfica.

Em relação às ambições internacionais do Benfica para a próxima época, Gabriel considera que o tamanho do clube da Luz tem de ser proporcional aos seus objetivos nas competições europeias.

"Sim, acho que temos sempre uma margem para melhorar em tudo. Temos de pensar em melhorar e o nosso passo para melhorar poderá ser nas competições europeias - com o tamanho deste clube, temos de pensar assim", frisou Gabriel.

"Acho que temos de pensar alto. Não podemos ficar a sonhar pequeno, temos de sonhar em grande, pensar em grande, pois estamos num clube grande, imenso, e o pensamento tem de ser grande, senão estaríamos no lugar errado", sentenciou o médio brasileiro.