O antigo presidente do Sporting, Godinho Lopes, explicou em comunicado os motivos que o levaram a instaurar processos contra o atual presidente Bruno de Carvalho, o presidente do Conselho Fiscal e Disciplinar, Bacelar Gouveia, e o presidente da Mesa da Assembleia Geral, Jaime Marta Soares.

Godinho Lopes acusa-os de tentarem manchar o seu “bom nome”, bem como os créditos que obteve na sua “vida profissional, em dezenas de anos trabalho sério e de competência comprovada”.

O antigo dirigente diz que não tomou de pronto uma ação mais cedo para “não perturbar a atual época desportiva” que considera poder terminar com o título de campeão.

“Desde /2015 fiquei calado. Fiquei calado quando me expulsaram e fiquei calado quando fui criminosa e vexatoriamente sujeito a insultos, calúnias e mentiras que tentaram, sublinho, acima de tudo, manchar o meu bom nome. Foram essas mentiras e calunias que foram passadas para a comunicação social e para a Assembleia Geral acima mencionada do SCP, levando ao engano, em particular, os sócios ali presentes. Mas houve um momento em que tive de dizer basta!”, explicou.

Por último, Godinho Lopes ataca Bruno de Carvalho considerando que "todos os dias suja esta grande história" e que "todos os dias desrespeita todos os fundamentos Sportinguistas".

Leia o comunicado na íntegra:

Foi depois da Assembleia Geral de /2015, em que os presidentes da Mesa da Assembleia Geral, Direcção e Conselho Fiscal e Disciplinar deliberaram e tentaram manchar o meu bom nome, que decidi interpor-lhes uma acção.

De facto tentaram manchar o meu bom nome - e daqueles que comigo exerceram o mandato - bem como, muito para lá do Sporting, os créditos que obtive na minha vida profissional, em dezenas de anos de trabalho sério e de competência comprovada.

Mas, à tomada de decisão quanto à interposição dessa acção, não fiz corresponder de imediato a sua execução, pois o meu Sportinguismo fez conter essa intenção a fim de não perturbar a actual época desportiva, na qual, considerando a excelente qualidade do binómio treinador/equipa técnica e plantel recheado de bons jogadores, acredito, poderemos ser campeões nacionais de futebol.

Mais do que qualquer ego ou personalidade são o Clube e os seus sócios e simpatizantes quem o merece, para além e em particular todos os que representam e simbolizam o ecletismo e defendem as cores do nosso Clube

Infelizmente, nesta minha preocupação de discrição no tempo quanto aos factos acima referidos, não fui acompanhado pelo Presidente da Direcção que, numa atitude de constante desestabilização e frenético "auto endeusamento", revelou afinal uma falta de confiança na sua pessoa e uma flagrante incapacidade de gerir o mandato que lhe foi confiado, decidindo interpor uma acção pela minha gestão durante o meu mandato.

Desde /2015 fiquei calado. Fiquei calado quando me expulsaram e fiquei calado quando fui criminosa e vexatoriamente sujeito a insultos, calúnias e mentiras que tentaram, sublinho, acima de tudo, manchar o meu bom nome. Foram essas mentiras e calunias que foram passadas para a comunicação social e para a Assembleia Geral acima mencionada do SCP, levando ao engano, em particular, os sócios ali presentes.

Mas houve um momento em que tive de dizer basta! E esse momento é agora, porquanto, em vez de se concentrarem na união do clube e nos resultados da equipa, e em fazer o Sporting regressar às grandes vitórias, Bruno de Carvalho, Marta Soares e Jorge Bacelar de Gouveia teimam em difamar o meu nome e o meu mandato interpondo nova acção judicial.

Porque não tolero que o trabalho e o serviço por mim votados ao Sporting Clube de Portugal, por vezes com elevados níveis de sacrifício pessoal, sejam desta forma postos em causa e porque fui incansável na defesa do Clube, dos seus interesses e ambições, em nome de uma história que é composta por todos os Sportinguistas, pelo seu amor e paixão, decidi interpor uma acção em tribunal contra aqueles senhores.

Todos os dias o Presidente da Direcção do Clube suja esta grande História, ao pedir, como deveria ser, a união de caudilho à sua volta e não do Clube. E todos os dias desrespeita todos os fundamentos Sportinguistas, em particular ao atacar sem sentido e sem nexo, Sportinguistas e anteriores Direcções. o Sporting Clube de Portugal não pode ser gerido numa auto flagelação permanente e numa falta de respeito ao seu passado grandioso.

Que as acções agora interpostas permitam uma reflexão sobre a dinâmica interna do Clube, no respeito pela diversidade de ideias e pelos seus valores de clube centenário

Viva o Sporting Clube de Portugal"