O presidente cessante do Sporting, Godinho Lopes, os candidatos à presidência José Couceiro, Bruno de Carvalho e Carlos Severino juntaram-se esta sexta-feira a várias centenas de adeptos que marcaram presença no velório de João Rocha.

De entre as personalidades presentes na Basílica da Estrela, em Lisboa, destaque para os ex-presidentes Dias da Cunha e Santana Lopes, e para Luís Duque, Dias Ferreira, Mário Figueiredo, Rogério Alves, Eduardo Barroso, Joe Berardo, Vicente Moura, Rogério Alves e o ex-treinador Ricardo Sá Pinto.

Por muitos presentes considerado como o "melhor presidente da história do Sporting", algumas destas figuras relembraram que João Rocha deixou logo marca no primeiro ano de mandato, em que conquistou o título de campeão nacional da futebol.

Bruno de Carvalho e José Couceiro entraram e saíram em silêncio, já Carlos Severino, Dias Ferreira e Santana Lopes aproveitaram o momento para destacar o empenho e a dedicação de João Rocha à frente dos destinos “leoninos” tanto enquanto presidente como durante toda a década de 80 e início da de 90.

«É um dia triste para o Sporting. João Rocha vai ser eterno. Chegou ao Sporting, foi campeão e depois recomeçou tudo de novo, voltando a ser campeão cinco anos depois. Foi um sportinguista de mão cheia. Com ele o Sporting chegou aos 120 mil sócios. O legado que ele nos deixa dá-nos a obrigação de mudar o Sporting, para que seja respeitado e novamente campeão», desejou Carlos Severino.

Os também candidatos à presidência do Sporting José Couceiro e Bruno de Carvalho, que chegaram à Basílica da Estrela, onde decorreu o velório às 19h40 horas e 19h55, respetivamente, preferiram não tecer qualquer declaração.

Para Pedro Santana Lopes, presidente do Sporting entre 1995 e 1997, a morte de João Rocha simboliza «a perda de um grande amigo que fez tudo pelo clube do coração».

«João Rocha foi um homem de paixão pelo Sporting. Foi um grande líder. No final da década de 80 fez tudo para encontrar soluções para o Sporting. Esteve sempre presente. É um exemplo a seguir», afirmou Santana Lopes.

Já Dias Ferreira recordou com saudade o homem que lhe abriu a porta como dirigente “leonino” e também que lhe deu grandes ensinamentos a nível profissional, não tendo dúvidas de que "foi o melhor presidente que da história do Sporting e até de todos os clubes portugueses".

Foi visível no velório a presença de várias centenas de adeptos do Sporting, entre os quais membros da claque Juventude Leonina, que envergavam fumos pretos no braço esquerdo com a figura de João Rocha.

Presidente do Sporting entre as épocas 1973 e 1986, João Rocha reforçou nesse período o ecletismo dos "leões" conquistando mais de 1.200 títulos nacionais, 52 Taças de Portugal, 8 Taças dos Campeões Europeus de Corta-Mato, uma Taça dos Campeões Europeus de Hóquei em Patins, modalidade na qual o clube também ganhou, durante a sua gerência, mais duas Taças das Taças e uma Taça CERS.

No sábado, a missa de corpo presente realiza-se às 13h30 na nave central da Basílica da Estrela. Depois, o cortejo fúnebre seguirá para o cemitério do Alto de São João, onde o corpo de João Rocha será cremado pelas 16h00.