A teoria entre os entendidos é de que a estabilidade é aliada do sucesso. Essa foi a visão de Benfica e Sporting de Braga. Os encarnados foram campeões nacionais e renovaram com Jorge Jesus (que ainda tinha uma o de contrato) com a ambição de revalidarem o título que há já cinco anos fugia da Luz.
Jesus foi considerado o obreiro do título do ano passado e apesar de convites do estrangeiro, o Benfica segurou o treinador amadorense com um contrato mais generoso. Adeptos e sócios agradecem e não é raro que a cada jogo o nome de Jorge Jesus seja o mais aplaudido no Estádio da Luz. Um verdadeiro caso de empatia e popularidade que, certamente, só as vitórias poderão ajudar a prolongar.
Já o Braga não teve dúvidas de que Domingos era o general que deveria continuar na frente das tropas do Minho, depois de uma época fantástica dos arsenalistas e em que conseguiram a sua melhor classificação de sempre.
O treinador chegou a ser dado como um dos mais fortes nomes para rumar ao Dragão, mas a Pedreira vai continuar a receber o líder dos Guerreiros, que promete novamente muita luta e tentar fazer melhor do que o ano passado.
Já no FC Porto, o hábito de ganhar fez mossa e depois de uma época em que o título de campeão mudou de mãos, Pinto da Costa apostou em sangue novo para substituir a experiência de Jesualdo Ferreira.
André Villas-Boas é o novo treinador do FC Porto, um ano depois de ter começado a sua aventura como técnico principal, na Académica de Coimbra. O nome era praticamente desconhecido aquando da chegada à cidade dos estudantes e a principal referência era uma de que Villas-Boas se tenta livrar a todo custo: adjunto de José Mourinho.
O jovem treinador foi adjunto do Special One durante vários anos e hoje tenta desligar-se do mestre e vingar a solo. Pelo meio, curiosamente, André Villas-Boas chegou a ser dado como certo em Alvalade, por onde acabaria por surgir outra cara nova: Paulo Sérgio.
O novo treinador do Sporting traz consigo uma imagem de rigor e trabalho, cultivada pelos clubes de menor dimensão onde passou: Paços de Ferreira e Vitória de Guimarães são os mais recentes, depois de Beira-Mar e Olhanense.
Quer para Villas-Boas, quer para Paulo Sérgio estes são os maiores desafios das suas carreiras e verdadeiros testes de fogo a julgar pela avaliação dos adeptos, que num e noutro caso não admitem estar mais um ano sem ganhar.
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