O presidente do FC Porto, Pinto da Costa, considerou hoje que a equipa tem sido prejudicada pelas arbitragens na I Liga de futebol e garantiu que Julen Lopetegui é o treinador certo para a “mudança radical” que preconizou.

“A história deste campeonato é igual à do ano passado. Só que este ano [o problema das arbitragens] começou mais cedo”, disse, em entrevista ao Porto Canal, queixando-se de que os “dragões” foram prejudicados nas visitas ao Vitória de Guimarães (1-1), na quarta jornada, e ao Sporting (1-1), na sexta-feira, em jogo da sexta ronda.

Ainda assim, assume que a igualdade em Alvalade foi justa: “Cada um marcou um golo, ambos resultantes de erros de quem sofreu. Até nisso ficámos empatados. O guarda-redes do Sporting fez várias grandes defesas, o Fabiano não. Ambos tivemos oportunidades e depois houve o penalti que não foi assinalado e que em princípio podia dar golo. Não conta. Fica para a história”.

“No final, ambos perdemos dois pontos, mas vi grande tristeza na nossa parte e grande euforia do outro lado, um grande reconhecimento da nossa superioridade”, sublinhou.

Quanto ao nulo (0-0) caseiro com o Boavista admitiu que “não houve sorte nem aproveitamento das oportunidades”, o que classificou como “percalços que acontecem”.

Apesar das queixas com as arbitragens e das alusões ao “mesmo filme” do passado, o presidente portista confia que este campeonato “vai ter um final é diferente”, considerando que, nesta altura, “nem o Benfica se considera campeão porque tem quatro pontos de avanço, nem nenhum dos outros desiste do título à sexta jornada”.

Para conduzir o FC Porto à recuperação do título, Pinto da Costa apostou no espanhol Julen Lopetegui, assumindo uma “mudança radical”, nomeadamente na empatia do treinador com os adeptos, bem como na mentalidade dos futebolistas, criticando os que “apenas tinham as botas no FC Porto, não a cabeça e o coração”.

“Queria um treinador que mudasse essa mentalidade, que incutisse entusiasmo à equipa, que esta acreditasse em si e o seguisse. Não existe um treinador infalível. Estudei muitos perfis e opções, ouvi muita gente sobre como ele era, como dirigia e quanto à disciplina. Cheguei à conclusão de que era o treinador para a revolução e mudança de mentalidades”, reforçou.

Pinto da Costa tem a opinião de que agora há um “grupo com mística e entusiasmo”, entende que os adeptos se “identificam com este tipo de treinador” e garante que a equipa “está apenas focada em vencer”.

O dirigente afiançou ainda que Quaresma “é um ‘caso’ apenas nos jornais” e revelou que Óliver Torres é o único jogador emprestado (Atlético de Madrid, por um ano) do plantel, enquanto Tello (Barcelona) vem cedido por dois anos, “mas com direito de opção”.

“Todos os outros são do FC Porto. Todos sentem que estão aqui a 100 por cento. São jogadores com uma nova dedicação e trabalho. Totalmente diferente”, assegurou.