“Estamos em condições de aprovar, na reunião da comissão executiva da próxima semana, a implementação de um projecto piloto com dois centros de treino profissionais, um a norte, em Gaia, e outro na Amadora, a sul, e com um conjunto de 12 árbitros e assistentes para podermos testar esse modelo da profissionalização”, disse Hermínio Loureiro.
Anunciado em Tomar, durante a apresentação do livro “Re-arbitragem - O legado de um mandato”, da autoria da Comissão de Arbitragem de LPFP, esta proposta, que entrará em funcionamento logo após a aprovação, servirá para “que no final da presente época desportiva possa ser feita uma avaliação desse trabalho”.
“Estará aprovado na próxima semana e o seu início será imediato, logo que a Comissão de Arbitragem liderada pelo Vítor Pereira assim o entenda. Temos já contratualizados o funcionamento destes dois centros de treino e eu espero que o mais rápido possível possa ter início”, reforçou Hermínio Loureiro.
O presidente da Comissão de Arbitragem apontou como objectivos “melhorar condições, dotar os árbitros de condições o mais semelhantes possíveis à exigência da competição e deste quadro profissional”.
“Desde há 20 anos que eu venho a dizer que esse é o caminho do futuro, agora estou a ter o privilégio de ser um dos protagonistas do seu início e estou muito feliz por isso”, admitiu Vítor Pereira, manifestando-se confiante na aprovação do projecto piloto.
No seu discurso, Hermínio Loureiro assumiu que “será certamente a última vez” que encontraria os árbitros e reiterou, depois, em declarações à comunicação social, a sua indisponibilidade para se recandidatar à presidência da LPFP.
“O futebol português encontrará pessoas, personalidades, que, com novas ideias e novos projectos, mantenham este rumo, esta linha de credibilização e regeneração do futebol em Portugal. Mas fiquei naturalmente satisfeito com a presença de muitos dirigentes de clubes e muitos dirigentes associativos, de norte a sul, neste curso de arbitragem”, sublinhou.
Hermínio Loureiro, ressalvando “não ter direito ao voto”, apontou como essencial que o seu sucessor tenha “disponibilidade e vontade” de manter o rumo, salientando que “agora, com a casa arrumada, não vai ser difícil”.
“Eu já tomei uma decisão relativamente a essa matéria e, com a decisão tomada, há que tomar decisões. E o futebol, seguramente num futuro próximo, encontrará as melhores soluções para o que todos desejam, que é a credibilização do futebol em Portugal”, garantiu.
Também o presidente da Comissão de Arbitragem, Vítor Pereira, apesar de assumir-se como “um resistente, um maratonista”, considerou que uma possível continuidade “neste momento, não se põe”.
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