As duas equipas apresentaram-se no estádio dos Arcos com o mesmo sistema de jogo (4x3x3), o que levou a que nos primeiros minutos, o Rio Ave conseguisse manietar a estratégia do FC Porto e manter a partida equilibrada. Assistiu-se nos primeiros 10 minutos a um jogo mexido com bons desdobramentos nas alas de parte a parte, mas jogadas de perigo iminente.
Aos poucos, o FC Porto foi tomando sorrateiramente conta do jogo e empurrando o Rio Ave para o seu meio campo. Hulk e Varela nas alas combinavam bem com os defesas laterais e começavam a aparecer alguns cruzamentos com maior perigo junto da baliza de Mário Felgueiras.
Se num primeiro momento da partida em que o FC Porto atacava com superioridade numérica, Hulk decidiu-se mal e fez perder uma jogada que poderia dar o primeiro golo aos azuis-e-brancos, num segundo momento, o internacional brasileiro redimiu-se e apontou o primeiro tento do encontro.
Tudo começou com uma asneira do lateral direito da Naval que perdeu a bola para Varela. O extremo portista tocou para Álvaro Pereira que cruzou de pronto, a bola saiu larga e foi para à ala contrária onde apareceu Hulk. O avançado brasileiro partiu para dentro da área, rematou forte, como é seu hábito, e a bola só parou no fundo das redes da baliza de Mário Felgueiras. Contudo, o esférico ainda desviou em Ricardo Chaves antes de entrar, o que acabou por trair o guardião vila-condense que, ainda no seguimento da jogada, levou um toque de Falcao.
Os minutos seguintes foram marcados por um aumento da velocidade do FC Porto procurando o 2-0, mas a defesa contrária respondeu sempre da melhor forma e até conseguiu inverter depois a tendência de jogo.
Assim sendo, assistiu-se nos minutos finais da primeira parte a uma resposta do Rio Ave, com a jogada de maior perigo a pertencer a Saulo que num cruzamento/remate proporcionou aos 40 minutos uma defesa apertada a Helton.
Na segunda parte, o FC Porto manteve o jogo controlado e foi à procura do segundo golo. João Moutinho deu o primeiro aviso num remate fora da área, pondo à prova a atenção de Mário Felgueiras. Nove minutos depois os azuis-e-brancos, pelo caudal ofensivo evidenciado, chegaram com alguma naturalidade ao segundo golo, atráves de uma bela jogada colectiva. A bola passou por Moutinho, Belluschi, Varela e Hulk concluiu a jogada ao corresponder da melhor forma ao cruzamento do extremo português.
O brasileiro está num grande momento de forma e a sua exibição ficou coroada pelos dois golos que apontou no encontro.
Perante a desvantagem de dois golos, o treinador Carlos Brito fez entrar Cícero e Yazalde e o Rio Ave começou aos poucos a criar perigo junto da baliza de Helton. Yazalde, isolado perante Helton, atirou ao lado, aos 23 minutos da segunda parte. Depois foi Milhazes através de livre e, por último, Saulo rematou forte, mas a bola saiu às malhas laterais da baliza portista.
As jogadas de perigo sucederam-se em poucos minutos, no entanto, a forma com o Rio Ave atacou durante todo o jogo, deu para perceber o porquê de esta equipa ainda não ter marcado qualquer golo na primeira Liga, esta temporada. João Tomás joga muito sozinho na frente e os homens que lhe prestam apoio mostram-se muito inconsequentes na hora de atirar à baliza.
O FC Porto, tendo uma vantagem de dois golos, desinteressou-se da partida e deixou o Rio Ave chegar mais perto da sua área, contudo os comandados de Villas-Boas estiveram sempre o jogo controlado.
Com esta vitória, os azuis-e-brancos somam nove pontos e mantêm-se na liderança isolada do campeonato. Perante esta derrota, o Rio Ave continua com apenas um ponto somado.
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