Quase uma centena de pessoas acorreu a Igreja Santa Ana da Munhuana, no coração do Bairro Mafalala, para participar na homenagem religiosa a Eusébio da Silva Ferreira, jogador luso-moçambicano que morreu na madrugada de domingo, em Lisboa, Portugal.
Numa cerimónia organizada pelos familiares de Eusébio residentes em Maputo, o Governo esteve representado na mesma pelo Ministro e Vice-Ministro da Juventude e Desportos, respetivamente, Fernando Sumbana Júnior e Carlos Sousa, bem como pelo vice-ministro das Finanças, Pedro Couto, e o Presidente do Conselho Municipal de Maputo, David Simango.
A missa ocorreu na igreja frequentada por Eusébio durante a infância e sobretudo quando vinha de visita à capital moçambicana e no final da mesma, os presentes destacaram o papel, a humildade do Pantera Negra.
Ilídio Silva, primo e representante da família de Eusébio, no final da missa agradeceu «o conforto dado por todos moçambicanos», destacando que «acima de tudo o que a família procura fazer para que o seu legado não seja perdido e uma das coisas que ele nos ensinou é ser humano, embora tenha uma grandeza que muitos de nós que o conhecemos não tem a dimensão da grandeza de Eusébio, que extravasou os limites da nossa casa, os limites das nossas fronteiras e dos continentes e acima de tudo era pessoa bastante humilde».
O Ministro da Juventude e Desportos também lamentou a morte do Pantera Negra: «Sentimos que perdemos um grande moçambicano que constitui uma referência para gerações atuais e vindouras, uma figura que se entregou ao desporto com a sua humildade e capacidade de vencer e superar muitas dificuldades».
O Edil de Maputo que também já foi Ministro da Juventude e Desporto destacou o apoio que Eusébio prestou ao desporto moçambicano. David Simango recordou a disponibilidade do «King» em «apoiar a candidatura de Moçambique para acolher o CAN 2010»: «Houve um movimento com antigas glórias do país radicadas em Portugal e Eusébio esteve sempre disponível. Em 2005 acompanhei-o ao primeiro encontro que manteve com o atual Presidente da República, Armando Guebuza, e senti a sua amizade para com o Chefe de Estado e disponibilidade para nos ajudar».
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