O FC Porto é o líder da I Liga portuguesa de futebol, concluída a 24ª ronda, depois de, a meio, ter ‘virado’ a sete pontos do campeão Benfica, que fez uma primeira volta quase perfeita.
Com 10 jornadas por disputar, de quarta-feira até 16 de julho, após interrupção de quase três meses devido à pandemia de COVID-19, os ‘dragões’ somam mais um ponto do que as ‘águias’ e, pelo 18.º ano consecutivo, é quase uma certeza que o título ‘cairá’ para um dos dois.
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Nos lugares imediatos, o Sporting de Braga, apenas 10.ª após 10 jornadas, segue a 14 pontos da frente, em terceiro, e o Sporting, que, entretanto, foi ‘roubar’ o quarto treinador da época aos ‘arsenalistas’, é quarto, já a 18.
Rio Ave (quinto), Vitória de Guimarães (sexto) e um Famalicão (sétimo) em queda, depois de ter sido a sensação, chegando mesmo a liderar a prova quatro rondas (quarta à sétima), seguem, por seu lado, na luta pela última vaga na Liga Europa.
Quanto aos lugares de descida, o Desportivo das Aves é 18.º desde a quinta ronda e o Portimonense 17.º desde a 15.ª, enquanto o Paços de Ferreira, que esteve ‘afundado’ até à ronda 14, está imediatamente acima da ‘linha da água’, seis pontos à maior sobre os algarvios e nove face aos nortenhos.
A I Liga arrancou com surpresas e o Benfica, com um 5-0 ao Paços de Ferreira, a assumir desde logo a liderança, e a ganhar pontos aos concorrentes diretos, pois o FC Porto perdeu (2-1 em Barcelos) e o Sporting empatou (1-1 no Funchal).
Após duas rondas, só o campeão e o Famalicão ostentavam o pleno de triunfos, que perderiam na terceira, os ‘encarnados’ batidos em casa pelo FC Porto, vencedor por 2-0, com tentos de Zé Luís e Marega. Foi o primeiro desaire na ‘era’ Lage, ao 22.º jogo.
O Sporting, de Marcel Keizer, ficou como líder, mas só uma ronda, pois, à quarta, vítima de três penáltis cometidos por Coates, perdeu em casa por 3-2 com o Rio Ave, cedendo a liderança ao surpreendente Famalicão. O holandês foi despedido.
Em ‘grande’, o conjunto de João Pedro Sousa segurou o primeiro posto até à sétima ronda, para, à oitava, não resistir no Dragão, onde o ‘onze’ de Sérgio Conceição venceu por claros 3-0, para assumir o primeiro posto, com os mesmos 21 pontos do Benfica.
Os portistas tiveram, porém, uma liderança efémera, pois perderam dois pontos na ronda seguinte, face ao Marítimo (1-1), no Funchal, e foram ultrapassados pelo Benfica.
Os ‘encarnados’ distanciaram-se ainda mais à 13.ª jornada, face ao 1-1 no FC Porto no reduto do Belenenses SAD, e ainda mais no final da primeira volta, com um ‘bis’ de Rafa em Alvalade (2-0), onde o FC Porto triunfara duas rondas antes por 2-1, e o desaire caseiro dos ‘dragões’ face ao Sporting de Braga (1-2).
O Benfica ‘virou’ sete pontos à maior sobre o FC Porto – 17 em relação ao Famalicão, ainda terceiro, 19 face ao Sporting, de Jorge Silas, e 21 em relação ao Sporting de Braga, já de Rúben Amorim -, vantagem que conservava após 19 rondas e um 16.º triunfo consecutivo (3-2 ao Belenenses).
O campeonato começou a mudar à 20.ª jornada, com os ‘dragões’ a voltarem a bater o Benfica, agora no Estádio do Dragão, por 3-2, de nada valendo aos ‘encarnados’ o ‘bis’ de Vinícius, o melhor marcador da prova, com 16 golos, contra 14 do companheiro Pizzi.
Ao perder os primeiros pontos fora na ‘era Lage’, depois de 18 triunfos seguidos, o Benfica viu cair a diferença para quatro pontos, para, na ronda seguinte, ficar apenas um à maior, face ao desaire caseiro perante o Sporting de Braga por 1-0.
Os ‘encarnados’ aguentaram-se na 22.ª ronda (1-0 em Barcelos), mas perderam mesmo a liderança à 23.ª, ao empatarem 1-1 na receção ao Moreirense, com Pizzi a falhar dois penáltis. O FC Porto ganhou 2-0 nos Açores e ficou um ponto à maior.
No segundo fim de semana de março, imediatamente antes da interrupção devido à pandemia de COVID-19, o Benfica (1-1 em Setúbal) voltou a ‘escorregar’, mas, no dia seguinte, o FC Porto, desta vez, não aproveitou (1-1 na receção ao Rio Ave).
Os ‘dragões’ fecharam, ainda assim, a 24.ª ronda na frente, mas com o Benfica a apenas a um ponto, situação em que vai ser retomada, na quarta-feira, a prova, para umas últimas 10 jornadas que se vão prolongar, à porta fechada, até meio de julho.
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