A I Liga portuguesa de futebol regressa na quarta-feira, quase três meses depois, para umas últimas 10 jornadas sem público, uma dezena de substituições por jogo a partir, tudo indica, da ronda 27 e testes constantes à COVID-19.
Os 90 jogos em falta vão decorrer maioritariamente durante a semana, com apenas um dia de intervalo entre jornadas (dois da 32.ª para a 33.ª) e em 17 estádios, entre eles a estreante Cidade de Futebol, em Oeiras, palco dos 10 jogos ‘caseiros’ de Santa Clara e Belenenses SAD, os únicos que jogam em campo neutro.
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O ‘sprint’ final prolonga-se até 26 de julho, dia previsto para a 34.ª e última ronda, que é a única sem calendário definitivo, pois depende do que, então, estiver por decidir, em matéria de título, apuramentos europeus e descidas.
De todas as alterações, a mais marcante é, sem dúvida, a ausência de público, a porta fechada a espetadores, o que implica a ausência de festa, de emoção, o esvaziamento dos recintos, como se todos os clubes tivessem sido castigados em simultâneo.
Os problemas financeiros ‘falaram mais alto’ do que os desportivos e a decisão foi que o ‘espetáculo tem de continuar’, para se decidir o campeão, quem vai às taças europeias e quem será ‘substituído’ por Nacional e Farense, com tudo em aberto.
As portas dos estádios estarão, pelo contrário, fechadas, exceto aos elementos indispensáveis para a realização dos jogos, incluindo as equipas das televisões, que transmitirão em direto todos os jogos, ente a SportTV e a BTV (os do Benfica em casa).
Quanto aos jogadores, serão elegíveis aqueles que passem nos testes à COVID-19, que serão efetuados 24 horas de cada jogo, sendo que, entre jogos espaçados por mais de cinco dias, cada equipa terá de ser submetida a dois testes.
Em campo, os 11 jogadores de cada equipa não atuarão de máscara, obrigatória, porém, para todos os elementos que fiquem no banco dos suplentes, exceção aos treinadores principais, em alguns casos não os ‘reais’, mais os oficiais.
No banco de cada formação, estarão, devidamente separados, um total de nove suplentes, mais dois do que o habitual, pois serão permitidas um máximo de cinco substituições por equipa, em três momentos do jogo e ainda ao intervalo.
Esta medida não entrará, no entanto, em vigor logo na primeira jornada da retoma, a 25.ª, já que o Marítimo fez ‘finca pé’ e ‘obrigou’ a que uma decisão tenha de passar por uma Assembleia Geral da Liga de clubes, marcada para 08 de junho, véspera do arranque da ronda 26.
Assim, é possível que nas duas primeiras rondas apenas possam estar no banco os habituais sete suplentes e só se possam efetuar as três substituições da ‘ordem’.
Diferentes, desde quarta-feira, vão ser os festejos, de golos, vitórias ou outros, pois não são permitidos aglomerados entre os elementos das equipas (jogadores, treinadores e restante ‘staff’), beijos ou abraços: umas ‘cotoveladas’ e pouco mais.
Quanto ao ‘produto’ final, tudo se mantém idêntico, com três pontos para os vencedores, um para os que empatarem e nenhum para os que perderem, sendo que, nesta ‘batalha’, o FC Porto arranca na frente, com mais um ponto do que o Benfica.
Sporting de Braga (a 14 pontos da frente), Sporting (a 18), Rio Ave (a 22) e Vitória de Guimarães e Famalicão (ambos a 23), todos demasiado longe dos dois primeiros, após 24 jornadas, deverão lutar pelas três vagas na Liga Europa.
Na corrida pela manutenção, o Portimonense (penúltimo, com 16 pontos) e o Desportivo das Aves (lanterna-vermelha, com 13) partem em desvantagem, com o Paços de Ferreira (antepenúltimo com 22) a surgir imediatamente acima da ‘linha de água’.
A prova arranca na quarta-feira, com dois jogos, e, até ao final da 33.ª e penúltima jornada, só para nove dias (08, 14, 20 e 27 de junho e 02, 07, 12, 16 e 17 de julho). A última ronda, única sem programa final, está prevista para 26 de julho.
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