O treinador português, André Villas-Boas, quebrou o silêncio pela primeira vez desde que saiu do Tottenham e garantiu que só regressará ao trabalho na próxima época. Sobre a passagem por Inglaterra, o técnico português lamentou não ter conquistado títulos, mas garantiu ter sido uma «ótima experiência».

Em entrevista ao diário O Jogo, André Villas-Boas falou do passado, do presente e do futuro e assumiu que treinar o FC Porto continua a ser a sua «cadeira de sonho».

«O mais provável é esperar pela conclusão desta época desportiva antes de pensar em abraçar um novo projeto. Esta é uma altura de reflexão para mim e para a minha equipa técnica, e de reposicionamento da nossa carreira. Inglaterra foi, apesar de tudo, uma ótima experiência para nós e uma grande valorização profissional», começou por dizer André Villas-Boas sobre o regresso ao trabalho depois da saída do Tottenham.

«Obviamente temos consciência de que poderíamos e deveríamos ter alcançado melhores resultados desportivos, mas infelizmente, tirando a época recorde pontual do Tottenham na Premier League, não nos permitiram concluir as outras duas», acrescentou o técnico português.

Conhecido por ser adepto ferrenho do FC Porto, André Villas-Boas não fecha as portas a um eventual regresso ao Dragão e lembra que já não vê a hora para voltar a sentar-se no seu «lugar anual» do estádio. Questionado sobre se o seu ciclo no Dragão tinha acabado, o técnico português considera que tal não é possível porque antes de treinador é adepto do clube.

«Acabar não acabou, porque antes de ser treinador do FC Porto sou adepto e neste interregno não vejo hora de me sentar no meu lugar anual. Depende um pouco de como a minha carreira se possa desenvolver nos próximos anos e do próximo passo que eu posso tomar como treinador. Sinto-me intimamente ligado à cultura FC Porto e isso teve um impacto em mim e na minha forma de estar no futebol como treinador. A cultura de vitória desde a estrutura até à equipa, a defesa intransigente dos valores do clube, a empatia com o clube e o símbolo, o "nós" mais importante do que o "eu", só vi isso articulado de forma perfeita no FC Porto; em mais clube nenhum se vive algo minimamente parecido», afirmou André Villas-Boas ao diário O Jogo.

Sobre a possibilidade de um dia vir a treinar um dos rivais de Lisboa, André Villas-Boas considerou ser um cenário «impossível» mesmo se a proposta fosse financeiramente muito boa.

«Treinar o Benfica ou o Sporting? Isso é impossível. Da minha parte, é impossível, porque é esta a minha forma de estar. Quem me conhece sabe que eu não aceitaria», atirou o técnico.

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