O Benfica recebe esta segunda-feira o Belenenses SAD, no jogo que encerra a quinta jornada da I Liga. Na antevisão à partida, Jorge Jesus voltou a ser questionado sobre a entrega da braçadeira de capitão a Otamendi no jogo com o Lech Poznan.
"Foi uma decisão minha, como é óbvio, um pouco polémica mas sei porquê. Os adeptos às vezes vivem um contexto mais sentimental. Eu olho para os interesses da equipa de uma maneira diferente. Tenho de que ver coisas que desportivamente são importantes. Benfica tem cinco capitães, dos cinco um vai estar o ano todo sem jogar [André Almeida] e o outro, o Ruben, saiu", começou por explicar.
"Como onde chego escolho sempre mais um capitão, olhei para o perfil dos jogadores que chegaram. O Vertonghen foi capitão do Tottenham e da seleção da Bélgica, só! O Otameni foi capitão do Manchester City e sub-capitão da Argentina, só! Têm currículo e estatuto. O Benfica vai jogar com o Standard Liège e se o capitão for o Otamendi o árbitro diz 'Otamendi, jogador do City e da Argentina'. Estatuto! Além de estatuto de Benfica neste momento, têm com experiência de balneário", acrescentou.
Jorge Jesus deu o exemplo de Bruno Fernandes, que foi capitão do Manchester United no jogo com o PSG, para a Liga dos Campeões. Além disso, o técnico ‘puxou’ pelo caso de Luisão para exemplificar uma situação de uma escolha sua no clube que também não foi consensual na época.
"Ficámos todos felizes pelo Bruno Fernandes ser capitão no United, está há dois meses lá... Escolheram-no porque é lider. Um capitão não é escolhido por ter muitos anos de clube, isso era no tempo do D. Afonso Henriques! Para seres capitão tens de ter argumentos. Um dos grandes capitães que tive no Benfica foi o Luisão. Hoje trabalha na estrutura. Eu percebo que não se goste, pois o Otamendi foi jogador do FC Porto, mas isso não existe no futebol mundial", disse.
O defesa central Nicolás Otamendi chegou esta época ao Benfica, oriundo do Manchester City, e causou surpresa ao ser escolhido para ‘capitão’ de equipa na segunda parte do encontro da Liga Europa, frente ao Lech Poznan, após a saída de Pizzi.
A escolha do argentino tornou-se polémica por só ter ainda dois encontros disputados anteriormente pelas ‘águias’ e por ter um passado de quatro épocas ligado ao rival FC Porto, entre 2010 e 2014.
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