Jorge Jesus previu um jogo digno de Liga dos Campeões na visita do Benfica ao Estádio Axa, em Braga, um adversário que tem por hábito dificultar a tarefa aos encarnados na visita à capital minhota nos últimos anos.

O jogo foi bom, muito bom, o melhor da oitava jornada até à data. Começo frenético, com um golo aos dois minutos da autoria da revelação Talisca (o sétimo, igualando Jackson Martínez do FC Porto e Maazou do Marítimo) – e tudo parecia correr bem na Pedreira para os de Lisboa, depois de uma entrada agressiva e personalizada.

Mas depois do golo a história foi outra. O SC Braga reagiu bem, batalhou com o Benfica no meio-campo e, com o decorrer dos minutos, chegou ao golo do empate, precisamente aos 28 minutos. Pedro Tiba (irrepreensível no meio-campo), Pardo (boa exibição) e Rúben Micael (bastante agressivo) desenharam a jogada e Éder marcou, precisando apenas de encostar depois de uma boa triangulação dos seus colegas.

Depois do golo, o SC Braga ‘agarrou’ no jogo e nunca mais o largou. O Benfica ia desequilibrando mas foi a equipa da casa que tomou conta dos restantes 60 minutos.

A luta e a tensão acentuou-se, com muitas faltas e erros – normalmente com alguns erros de arbitragem: Penálti não assinalado de Eliseu sobre Pardo; Pardo, que estava em fora de jogo [erro 1], foi derrubado por Lisandro na grande área, sem falta segundo Marco Ferreira [erro 2] e o jogador do SC Braga ainda vê cartão amarelo por simulação [erro 3], isto tudo apenas num lance; Rúben Micael entrada de forma violenta sobre Jonas (que entrou aos 61 minutos), mas só é admoestado com cartão amarelo e, finalmente, um puxão de André Pinto a Gaitán num livre em direção à área bracarense. Muitos erros, pendendo para os dois lados.

Sérgio conceição ‘lançou’ no jogo Salvador Agra aos 72 minutos e aposta foi certeira. Nove minutos, o avançado português estava a fazer o golo da vitória minhota, numa jogada de insistência e acreditar.

O Benfica perdeu porque deixou o SC Braga jogar desde que marcou... aos dois minutos. Mas não se deixe enganar, os encarnados tiveram excelentes momentos de futebol. Os minhotos é que souberam esperar o momento certo para marcar.

Duas notas: Para o guarda-redes Matheus que, no último lance do desafio, negou por duas vezes o golo do empate e a confusão gerada fora das quatro linhas, tendo começado com Danilo, que quis perder tempo, Enzo Pérez empurrou o jogador para não perder tempo e Sérgio Conceição a tentar mediar os ânimos. Mas o treinador da equipa bracarense explica o que aconteceu, nas palavras dele é claro.

Jesus afirma que o Benfica não merecia a derrota, a primeira do campeonato esta época, e sai de Braga a olhar para o banco mas sem encontrar soluções. O brasileiro Jonas foi o único suplente utilizado.

O treinador do Benfica pediu emoções para o desafio na Pedreira e encontrou-as. O FC Porto está a morder os calcanhares ao campeão. Um ponto os separa.