A conferência de imprensa de André Villas-Boas teve um tema algo invulgar: a carreira de Jorge Jesus no Benfica.

«O trabalho de Jesus tem sido mais do que competente no Benfica. Estou certo que sairão a ameaçar o título do FC Porto na próxima época, não vejo razão para não voltarem a ameaçar», explicou, justificando a ideia com as contratações dos “encarnados” para a próxima temporada.

Villas-Boas chegou mesmo a lamentar uma sociedade ávida em «matar à primeira hipótese».

«A queda do céu para o inferno é penalizador para ele (Jorge Jesus), mas é natural no futebol e numa sociedade que gosta de vangloriar, para matar à primeira hipótese», argumentou.

Para o jogo de domingo, da 29ª jornada da Liga de futebol, contra o Paços de Ferreira, André Villas-Boas espera dificuldades, à semelhança do encontro “complicado” da primeira volta do campeonato.

«O Paços de Ferreira está de regresso às vitórias e deixou uma forte imagem na final da Taça da Liga. Fez um campeonato excelente e luta ainda pelo objectivo importante da Liga Europa», analisou.

O técnico “portista” garante focalização absoluta no objectivo de terminar o campeonato invicto, até por que há ainda «muito tempo para preparar as finais», primeira da Liga Europa e depois a da Taça de Portugal.

Mesmo a mais de uma semana de distância da final de Dublin, o tema Liga Europa é incontornável. Para Villas-Boas, O FC Porto não é favorito.

«Na final com o Braga tudo pode acontecer, nada terá a ver com os jogos do campeonato. É-me igual se nos atribuem o favoritismo, até porque “quem era o favorito do Braga-Benfica?», questiona, após classificar o jogo com os bracarenses no Dragão como um «dos mais difíceis do campeonato».

A terminar, o técnico do FC Porto falou dos festejos da conquista do campeonato, onde garante «foi pena ainda não ter passado na Avenida dos Aliados».