O 'clássico' da passada jornada entre FC Porto e Benfica continua a suscitar polémica fora das quatro linhas, nomeadamente pelas declarações proferidas pelo empresário João Rafael Koehler em declarações à SIC Notícias.

Na antevisão do jogo da 24ª jornada, e em declarações à SIC Notícias, o empresário reagiu ao apedrejamento do autocarro do Benfica, considerando que o clube da Luz 'colocou-se a jeito' com os processos E-Toupeira e dos e-mails.

"No futebol português há tanta matéria para ser julgada. Há um sentimento de impunidade e depois queixam-se de que os autocarros são apedrejados. É algo que não devia acontecer mas, como se diz no Porto, põem-se a jeito", disse João Rafael Koehler.

Estas declarações motivaram uma reação por parte do Benfica, que anunciou um processo contra João Rafael Koehler.

"São graves difamações numa intervenção absolutamente intolerável e de incentivo a atos de violência", escreveu no Benfica em comunicado.

Num comunicado enviado às redações, João Rafael Koehler mostrou-se indignado com a publicação do Benfica e prometeu avançar com um processo contra o emblema da Luz. No entanto, o empresário aproveitou para enviar 'farpas' ao Benfica, apelidando-o e 'clube de Carnide'.

"Não passa esse triste comunicado de um amontoado de, essas sim, graves, caluniosas, falsas e difamatórias declarações, absolutamente intoleráveis, e constituem um real incentivo a atos de violência contra a minha pessoa, já que o clube de Carnide bem sabe, porque não é virgem em tais matérias, que tem uma base de adeptos numerosa que segue à risca os comunicados da sua direção, sem sequer analisar a motivação ao abrigo da qual são proferidos, não querendo também saber se são falsos ou verdadeiros, bastando-se com a escolha do alvo a abater", começa por escrever João Rafael Koehler.

"Como tal, é evidente que quem ouviu as minhas declarações não tem qualquer dúvida de que condenei quaisquer atos de violência, incluindo os que tinham acabado de acontecer, que servem unicamente para descredibilizar um desporto de que tanto gosto. Só com grosseira má-fé se pode interpretar de outro modo o meu comentário, sendo certo que essa não é a minha forma de ser nem de estar", frisou o empresário.

"Felizmente, e ao contrário de outros, nunca fui associado a qualquer tipo de ódios nem de incentivos à violência, nem ainda de qualquer crime, pelo que de forma alguma permitirei que brinquem com o meu bom nome e com a minha reputação como o citado clube fez. A mim não condicionam com o 'poder de litigância' que tanto alardeiam na comunicação social, já que nos Tribunais não há clubes, há justiça", acrescentou o adepto do FC Porto.

"E será na justiça, com ou sem toupeiras, que se verá quem incita o quê e a quem, bem como quem é responsável quer por atos de violência, quer por difamações e calúnias proferidas na comunicação social, que têm como único objetivo ferir de forma grave a reputação de quem assumidamente não pertence à mesma cor. E no final veremos quem é o responsável pela indemnização fixada pelos Tribunais, bem como quais os crimes cometidos e as penas que aos mesmos estão associadas", sentenciou João Rafael Koehler em comunicado.